Programa europeu de intercâmbio dá frutos: 1 milhão de bebês
Estudo da Comissão Europeia mostra que 25% dos estudantes que participaram do Erasmus conheceram companheiros enquanto eram bolsistas
Um estudo divulgado nesta semana pela Comissão Europeia sobre o impacto do Eramus Mundus, principal programa de intercâmbio para o ensino superior do bloco europeu, revelou que 25% dos intercambistas conheceram seus companheiros enquanto estudavam em outro país. Mais: dessas uniões nasceram cerca de 1 milhão de bebês. Criado em 1987, o Erasmus já ofereceu bolsas de estudo para mais de 3 milhões de alunos da União Europeia.
Pia Ahrenkilde Hansen, porta-voz da Comissão, disse que o número é apenas uma estimativa baseada em entrevistas feitas com mais de 88.000 pessoas que fizeram o programa. “É a prova de que o programa cria várias coisas boas”, declarou a porta-voz ao jornal britânico The Independent.
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Um terço dos participantes do programa de intercâmbio teve parceiros de outras nacionalidades. Em 2011, o novelista italiano Umberto Eco já havia ressaltado o potencial romântico do programa. “O Erasmus é o responsável pela criação da primeira geração de cidadãos europeus, filhos de pais de diferentes nacionalidades. Eu chamo isso de revolução sexual: um jovem catalão conhece uma menina flamenca: eles se apaixonam, se casam, e se tornam europeus, assim como seus filhos”, disse em entrevista do jornal italiano La Stampa.
O estudo, no entanto, não fala apenas sobre o potencial afetivo do programa de intercâmbio. Segundo o relatório, a experiência no exterior aumenta as possibilidades profissionais dos jovens – um em cada três participantes é convidado para atuar como representante de empresas em suas sedes internacionais. O estudo mostrou ainda que um em cada dez intercambistas criaram suas próprias empresas.