Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram, na tarde desta quinta-feira, manter a greve que teve início há quase três semanas. A decisão foi tomada durante assembleia realizada no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista. Segundo a Polícia Militar, 1.200 pessoas participaram do ato. Após a reunião, o grupo seguiu em passeata e bloqueou o trânsito na região. De acordo com a PM, uma parte dos manifestantes seguiu pela Avenida 23 de Maio e outro pela Rua da Consolação, em direção ao Centro da cidade.
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Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) nesta semana a adesão dos professores chegou a 75%. Na semana passada, a Secretaria afirmou que a adesão da greve nas escolas variou de 2% a 4%, número que pode ser comparado às faltas regulares de professores ao longo do ano. Em nota divulgada nesta quinta, a secretaria informa que 92% dos professores compareceram às aulas nesta semana.
Os professores reivindicam aumento salarial de 75,33%, redução da jornada de trabalho, mudança na contratação de professores temporários, disponibilidade de água nas escolas e fim das salas superlotadas – os docentes querem um máximo de 25 alunos por sala. O governo estadual alega que o salário dos docentes, de 2.415,89 reais, é 25% superior ao piso nacional, de 1.917,78 reais.
Ainda segundo a secretaria, as aulas não serão estendidas para compensar o período de paralisação, uma vez que cerca de 35.000 professores substitutivos estão suprindo a ausência dos docentes que se encontram em greve. A orientação é de que os pais encaminhem seus filhos normalmente às escolas, já que as aulas não estão suspensas.
(Da redação)