Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram nesta sexta-feira manter a greve que teve início há 42 dias. A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), com cerca de 1.300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar.
Depois da concentração no Masp, os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Paulista rumo à Praça da República, no centro da capital paulista. A próxima assembleia está marcada para a próxima quinta-feira, dia 30, no Largo da Batata.
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No início da tarde desta quinta-feira, manifestantes ligados ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) tentaram invadir a sede da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Houve pânico entre funcionários e pelo menos uma porta de vidro foi quebrada na secretaria, na Praça da República, centro da capital. A Polícia Militar agiu para conter os manifestantes usando gás de pimenta.
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Os professores querem aumento salarial de 75,33%, entre outras reivindicações. O governo estadual alega que o salário dos docentes, de 2.415,89 reais, é 25% superior ao piso nacional, de 1.917,78 reais. A Secretaria ainda afirma que, em conjunto com os servidores, foi construída uma política salarial que concedeu 45% de aumento nos últimos quatro anos e o último reajuste se deu há oito meses.
(Da redação)