Plebiscito aponta que estudantes de engenharia querem PM na USP
Unidade vizinha à FEA, onde aluno foi morto no mês passado, fez enquete
Os alunos da Escola Politécnica, segunda maior unidade de ensino da Universidade de São Paulo (USP), são favoráveis à presença da Polícia Militar (PM) dentro do campus, com base operacional e livre acesso a toda a área.
Os estudantes também são a favor de que a Guarda Universitária porte armas de fogo e de efeito moral – os guardas seriam responsáveis pela segurança pessoal dos estudantes, e não apenas pela segurança patrimonial, como é hoje. Essas opiniões são o resultado de um plebiscito realizado ao longo da semana, com alunos dos 17 cursos da Poli. No total, 538 – 12% dos 4.500 alunos – participaram da votação.
Outra posição defendida pela maioria é que o portão de acesso da Favela São Remo, atualmente liberado, seja fechado durante a noite – os alunos são contrários, porém, a que o portão deixe de existir. Os estudantes da Poli também defendem que o acesso ao Campus Butantã, na zona oeste, seja aberto, mas controlado para veículos, pedestres e transporte público. Para 74% dos estudantes, os visitantes deveriam ser cadastrados ao entrar.
“A votação representa a posição dos estudantes. Quando os alunos apontam que são favoráveis à existência de bases da PM no campus e de rondas policiais, é porque não estão satisfeitos mesmo com a situação atual”, disse o vice-presidente do Grêmio, Alexandre Angulo. A votação será repassada à Reitoria.
Desde o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, a Reitoria da USP e a Secretaria de Estado da Segurança Pública trabalham na elaboração de convênio para definir a participação da PM no policiamento do campus.
(Com Agência Estado)
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