Pela quarta vez, Unifesp tenta construir edifício que deveria ter sido entregue em 2010
Criado pelo Reuni em 2007, campus Guarulhos enfrenta problemas estruturais
Por Lecticia Maggi
25 out 2012, 12h01
Pela quarta vez, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tenta realizar uma licitação para construir o prédio principal do campus Guarulhos – mais problemático da unidade, criada pelo Reuni em 2007 e que, desde então, enfrenta uma crise estrutural. Um novo aviso de licitação foi publicado na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União: os envelopes contendo orçamento de construtoras para a obra serão abertos no dia 26 de novembro.
Desde 2007, quando o campus foi inaugurado, alunos e professores esperam pela construção do edifício principal do campus. A obra – planejada com 20.000 metros quadrados, 44 salas de aula, 22 gabinetes de pesquisa, refeitório e biblioteca – deveria ter sido entregue no segundo semestre de 2010. Dessa forma, acabaria com os problemas de infraestrutura do campus.
Atualmente, 2.800 estudantes de graduação, 200 de pós-graduação e 200 professores contam com apenas 24 salas de aula. O número é insuficiente. Por isso, a universidade ocupa 14 salas do CEU, unidade destinada à educação infantil, cedidas pela Prefeitura de Guarulhos.
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A Unifesp alega que uma série de “problemas burocráticos” impediu que a obra saísse do chão. O último fracasso em licitações aconteceu em agosto, com a desistência das construtoras. Lançado no início do ano, o edital chegou a atrair 23 empreiteiras, mas apenas 11 realizaram vistoria no local e continuaram aptas a participar da concorrência. Nenhuma empresa, contudo, apresentou orçamento para a construção no dia programado.
Diante da situação, o reitor da Unifesp, Walter Albertoni, realizou em setembro uma audiência pública com as construtoras, com o objetivo de determinar os motivos da desistência. Após ouvir queixas técnicas e sobre os valores da construção, prometeu alterações no novo edital para deixá-lo mais atraente às empresas.
Na ocasião, Albertoni prometeu iniciar a obra ainda em sua gestão, que acaba em 6 de fevereiro de 2013. Nesta última terça-feira, a Unifesp elaborou uma lista tríplice para a escolha do novo reitor. Encabeçada pela professora Soraya Smaili, a lista será enviada à presidente Dilma Rousseff, responsável pela escolha.
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Se a obra do edifício principal finalmente sair, a construção será entregue com cinco anos de atraso: a nova previsão para a entrega é 2015. Estima-se que ela consumirá mais de 50 milhões de reais, um acréscimo de cerca de 5,4 milhões de reais em relação ao projeto original.
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