O ministro da Educação, Fernando Haddad, garantiu que a segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será reforçada. Neste sábado e domingo, mais de 4 milhões de estudantes devem realizar as provas, que tiveram de ser adiadas depois do vazamento da primeira versão.
Em entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro, Haddad disse que o exame receberá reforços das Polícias Militares (PMs) estaduais e da Polícia Federal (PF). Os Correios farão a distribuição das provas com uma logística muito parecida com a que é adotada na distribuição das urnas eletrônicas durante as eleições.
“Além disso, a PF refez todo o fluxo da prova. Desde a saída do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) até os 8 mil locais onde o exame será aplicado”, destacou.
Licitações – O ministro ainda criticou o sistema de contratação das empresas responsáveis pela prova por licitação que, para ele, não permite que o MEC escolha as empresas responsáveis pela formulação, distribuição e aplicação da prova.
“Um dos problemas sérios é quando você é obrigado a licitar, não pode escolher o parceiro. Depois do vazamento, tivemos que fazer um contrato de emergência e pudemos escolher parceiros que têm tradição na gestão do Enem”, disse ele, ao se referir à Cespe, ligada à Universidade de Brasília (UnB), e a Fundação Cesgranrio, que substituíram o Connasel, consórcio que havia vencido a licitação para impressão, distribuição e correção do Enem. “Cespe e Cesgranrio são as instituições que fizeram o Enem desde sempre, sobretudo desde 2004, quando o exame passou a ter importância maior”, justificou.
Haddad salientou, também, que as universidades que suspenderam o uso do Enem em seus processos seletivos por causa do adiamento do exame, como fez a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), voltarão a adotar a prova a partir do ano que vem.
(Com Agência Estado)