Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ministro classifica educação brasileira como regular

Fernando Haddad participou de debate nesta de sexta-feira em São Paulo

Por Nathalia Goulart
30 set 2011, 14h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, classificou nesta sexta-feira de regular o nível atual da educação brasileira. “A qualidade é regular”, afirmou o ministro, que em seguida acrescentou: “Mas a situação já foi muito pior. Infelizmente o Brasil acordou tarde para educação.” Haddad está em São Paulo onde participa do 3º Exame Fórum, promovido pela revista Exame, da editora Abril – a mesma que publica VEJA. Nesta manhã, o ministro da Educação participou de um debate em companhia de Gustavo Ioschpe, economista e articulista de VEJA, da pedagoga Maria Helena Guimarães e do empresário Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht.

    Publicidade

    Fernando Haddad enumerou o que considera as maiores conquistas do Brasil na área da educação. Entre eles, a construção de uma sólida rede de avaliações que hoje faz parte da rotina no ministério e o avanço do Brasil no Pisa, avaliação internacional coordenada pela OCDE (organização que reúne os países mais desenvolvidos do mundo). De acordo com o resultado divulgado no ano passado, o país apresentou o terceiro maior crescimento já registrado pela OCDE na avaliação. “Em 2000, éramos os últimos do ranking”, lembrou o ministro. Em 2009, o Brasil ocupou a 53ª posição, 12 lugares a frente do último colocado. Para Ioschpe, a comemoração é exagerada. “Se éramos os piores do mundo, não havia como piorar. Mesmo com as melhorias, ainda ocupamos as piores colocações.”

    Publicidade

    O economista aproveitou para criticar a postura do governo. “O que mais me preocupa hoje não é a baixa qualidade nem o ritmo lento de avanço da educação, mas sim a forma como a política pública está direcionada”, afirmou Ioschpe. Para o especialista, o debate travado em torno da necessidade de aumentar os investimentos na educação é equivocado. “O Brasil vem aumentando extraordinariamente seus gastos na área e isso não tem significado melhoria da qualidade. É preciso melhorar a gestão.” Atualmente, o Brasil investe cerca de 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em educação. De acordo com o Plano Nacional da Educação (PNE), que tramita no Congresso, esse percentual pode atingir 7% até 2020. Entidades e grupos ligados a educação pedem que esse número seja elevado para 10%.

    Enem – Maria Helena Guimarães lembrou o ensino médio como um dos grandes problemas da educação brasileira. Atualmente, menos da metade dos jovens brasileiros concluem essa etapa escolar. A pedagoga criticou também o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “A prova é um desastre. Não possui uma matriz curricular clara porque é resultado de uma negociação do MEC com reitores de diversas universidades”, acrescentou a especialista, referindo-se ao fato de o Enem ter se convertido em um grande vestibular unificado. O ministro Haddad rebateu a crítica, afirmando que se o governo pretende substituir os vestibulares por uma única prova, é preciso negociação. “É preciso, sim, fazer acordos com as universidades. E não tenho dúvidas de que a matriz do Enem é melhor que a e qualquer outro vestibular”.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Leia mais

    Para Pimentel, Brasil dos impostos elevados e que penaliza importados é novo modelo de liderança

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.