Sistemas de busca como Google e Yahoo serão usados como ferramentas de ensino nos primeiros anos de escola. Esse é apenas um dos itens de uma grande e ousada proposta de reforma do Ensino Primário britânico – a maior dos últimos 20 anos – feita por Jim Rose, ex-presidente da Ofsted, instituição reguladora da Educação na Grã-Bretanha. Segundo o projeto, na escola, as qualidades on-line terão importância semelhante a outras exigidas por campos tradicionais, como literatura e matemática.
Se a reforma for levada adiante, as crianças serão encorajadas a usar o teclado, digitar palavras-chave e navegar em blogs e sites de notícias. Antes de seu 11º aniversário, já saberão usar o corretor ortográfico e inserir links da internet em seus textos. Certamente, a última reforma do ensino, em 1988, não previa tamanho avanço tecnológico em tão pouco tempo.
No projeto, Rose também defende o uso do Google Earth em aulas de geografia, arquivos on-line para pesquisas sobre a história local e videoconferências para permitir a comunicação entre escolas estrangeiras em aulas de línguas. Ele sugere ainda treinamentos de Tecnologia da Informação para os professores se manterem à frente de seus pupilos.
Dúvidas – Muitos ministros aprovam a iniciativa de Jim Rose, mas outros, temerosos, apontam-na como exagerada para um currículo primário que será ensinado para ao menos 3,6 milhões de crianças. Alguns britânicos acusam as autoridades pró-reforma de estarem se rendendo a “modismos” e reclamam que os ministros devem ter certeza de que o novo currículo é rigoroso o suficiente para não levar a educação primária para a direção errada.