Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Estica, amassa e aperta

O slime, massa de aspecto gelatinoso, virou febre entre as crianças (e os adultos) do Brasil. A graça é fazê-lo em casa, com produtos comprados em farmácia

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 dez 2018, 07h00 - Publicado em 28 dez 2018, 07h00
(Arte/VEJA)

Uma rápida busca no Instagram com o termo #slime traz um resultado impressionante: 11 milhões de publicações marcadas na rede social. Em pleno ano de Copa do Mundo, a título de comparação, #futebol teve a metade desse montante. Slime, em inglês (lê-se “islaime”; lodo, em português), é uma massa de aspecto gelatinoso que se transformou em mania entre as crianças, e mesmo entre os adultos. Semelhante à antiga geleca industrializada dos anos 1980, pode ser comprado pronto em lojas de brinquedo. Mas a graça toda é prepará-lo com compostos domésticos. As receitas, que começaram a ser divulgadas em vídeos caseiros feitos na Tailândia, levam os mais variados ingredientes — espuma de barbear e hidratante (para dar maciez), cola e água boricada (juntas, dão a consistência) e enfeites como corante, glitter e bolinhas de isopor (conheça uma das receitas na pág. ao lado). Luiza De Maria Mutarelli, de 8 anos, tem uma coleção de slimes em casa, todos preparados por ela. “Levo para a escola, a casa dos meus avós, a casa dos amigos e o clube”, diz.

O processo artesanal de elaboração da engenhoca fez com que fosse adotada em terapias infantis, em consultórios de psicólogos. O trabalho manual estimula a paciência, o raciocínio e a coordenação motora. A possibilidade de personalização contribui para o aumento da autoestima, perseverança e criatividade. Diz a psicoterapeuta Fernanda Grinberg: “Uma das maiores qualidades é ajudar a criança a lidar com frustrações”. Isso porque muitas vezes as substâncias escolhidas ou as quantidades empregadas não formam uma massa com a textura desejada, e tem-se sempre a impressão de resultado ruim, mesmo que não seja. Há um pequeno risco de uso de material indevido, de produtos químicos que podem provocar irritação na pele — mas nada grave. De todo modo, o slime é indicado para crianças com mais de 3 anos.

Já não há dúvida alguma do estrondoso sucesso da brincadeira. Um levantamento realizado para VEJA pela Consulta Remédios, empresa que compara preços de medicamentos na internet, mostrou que entre janeiro e novembro de 2018 ocorreu um aumento de mais de 1 000% nas buscas on-line por água boricada e de 300% por creme de barbear, em relação ao mesmo período do ano anterior. O produto embalado custa cerca de 8 reais. Mas, repita-se, como o legal é montar um laboratório químico no banheiro ou na área de serviço, pais, preparem-se, se é que já não sentiram no bolso: os kits chegam a 500 reais.

Publicado em VEJA de 2 de janeiro de 2019, edição nº 2615

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.