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Enem 2010: professores criticam questões de literatura e português

'Programa do ensino médio não foi coberto', diz Dácio Antônio de Cássio, do Curso Anglo, sobre literatura. Para Francisco Platão Savioli, prova 'não analisou as ferramentas do português'

Por Aretha Yarak
7 nov 2010, 21h53

Para Dácio Antônio de Cássio, professor de língua portuguesa do Curso Anglo, a prova de literatura do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicada neste domingo foi a pior dos últimos anos. “O programa do ensino médio não foi coberto em sua integridade. Foram priorizados apenas estilos dos séculos XIX e XX”, diz, referindo-se a textos ligados ao romantismo, realismo, pré-modernismo e modernismo que constaram da prova.

De acordo com Cássio, a prova foi direcionada aos candidatos que vêm se preparando especificamente para os vestibulares. “Apesar de apresentar textos mais enxutos e sintéticos, a prova de literatura foi ineficiente ao abordar a diversidade de assuntos e em aprofundar as questões”, diz.

Já a prova de linguagens não apresentou questões de gramática propriamente. O que o candidato encontrou, segundo o professor de língua portuguesa do Anglo Francisco Platão Savioli, foi uma gama de questões que exploravam os mecanismos da linguagem. “A grosso modo, foi uma prova de compreensão de texto, mas que não analisou as ferramentas propriamente ditas do português”, diz.

Para ele, um dos pontos positivos da prova é a variedade de gêneros usada para construir as questões. Havia textos discursivos, cartas, reportagens jornalísticas, narrativas de ficção, infográficos, fotos, charges e mapas. “Mas não houve uma exigência de conhecimento de nomenclatura especializada do português. Isso é um ponto falho para se avaliar um aluno que pretende cursar uma boa universidade”, diz.

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