Em 13 anos, participação no Enem cresceu 30 vezes

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chega este ano a sua 13ª edição com um número recorde – e crescente – de inscritos. Quando foi aplicado pela primeira vez, em 1998, contou com cerca de 157.000 inscrições. Mais de uma década depois, essa marca é quase 30 vezes maior: 4,6 milhões de candidatos, o que corresponde a quase 80% dos formandos no ensino médio.

Tema em Foco: Tudo sobre o Enem 2010

A notoriedade que exame conquistou pode ser explicada pela mudança na função da prova. Até 2009, o Enem era usado para avaliar o desempenho do aluno no fim da educação básica e era utilizado pelas universidades como um complemento pouco expressivo da nota final do vestibular.

A partir de 2005, o cenário começou a mudar, quando o Enem se tornou um pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Até 2004, os inscritos não passavam de 1 milhão, mas em 2005 os candidatos totalizaram 2,9 milhões.

No ano passado, a prova passou por um reestruturação e tornou-se passaporte para importantes universidades. Isso porque o Ministério da Educação (MEC) propôs que Enem funcionasse como um vestibular unificado para as instituições federais. Mais de 50 aderiram à ideia e mais de 40.000 vagas foram oferecidas aos estudantes por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

Tamanha notoriedade trouxe também prejuízos. Em 2009, a prova do Enem foi furtada da gráfica Plural, onde estava sendo impressa, e o exame foi cancelado menos de uma semana antes da sua realização. A fraude prejudicou 4,1 milhões de estudantes em todo o país e consumiram 99,95 milhões de reais dos cofres públicos.

Para 2010, o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) reforçou a segurança em torno do exame. Além disso, anunciou que a participação no Enem será obrigatória para quem quiser financiar seus estudos por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

Este ano, o Enem acontece entre os dias 6 e 7 de novembro.