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Colégios particulares iniciam ‘combate’ às drogas no 6º ano

Por Marina Dias
16 nov 2009, 17h13

A proximidade entre estudantes e drogas é assunto que preocupa também algumas das importantes escolas privadas de São Paulo e Rio de Janeiro. Os colégios apostam no trabalho de caráter preventivo: debates em sala de aula e palestras com especialistas tentam alertar estudantes frente a um cenário cada vez mais comum entre eles.

É assim, por exemplo, no Vértice, de São Paulo. “A partir do sexto ano do ensino fundamental, oferecemos uma disciplina obrigatória e específica chamada Educação para a Vida em Família”, diz Adílson Garcia, diretor do colégio. “Ali, discutimos questões como identidade, desafios emocionais, sexualidade e, no último bimestre, drogas”.

O Santa Cruz inicia a orientação já na pré-escola. Mas é também a partir do sexto ano que o processo se aprofunda. “As discussões começam a ser mais diretas, em uma disciplina obrigatória”, conta o diretor Luiz Eduardo Magalhães. “Queremos mostrar os caminhos e opções saudáveis para os nossos alunos, além de conscientizar os pais e, ocasionalmente, acompanhar os estudantes que já apresentam problemas”.

A preocupação sobre o uso de drogas entre os estudantes é relativamente antiga no Santo Cruz: começou em 1984. Naquela data, então, o próprio Magalhães foi responsável por introduzir uma comissão para tratar do tema. “Naquela época, ninguém pensava na necessidade de tratar do assunto no ambiente escolar”.

O Santo Inácio, no Rio, segue o mesmo modelo: tratar do tema drogas a partir do sexto ano. Porém, uma vez que o tema evoluiu no interior da comunidade escolar, a tática foi ligeiramente alterada, e agora o assunto pode entrar na classe dos meninos e meninas mais novos. “Caso as crianças tragam o assunto de alguma forma, os professores promovem conversas e debates em sala de aula”, diz Izabel Guimarães, orientadora educacional do ensino médio do Santo Inácio.

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A partir do sexto ano, a prevenção do uso de drogas é introduzida no currículo dos cursos de ciências e inglês, por meio do material didático utilizado pelas turmas e, no ensino médio. Palestras com médicos e especialistas também aparecem. “O aluno nunca vai dizer que está envolvido com drogas, por isso devemos ficar atentos aos sinais que eles transmitem, dizendo que estão sem vontade de estudar, por exemplo”.

O Nossa Senhora de Sion, de São Paulo, decidiu incluir também os pais nos ciclos de palestras. “Acreditamos que podemos impedir que os estudantes façam uso dessas substâncias. Para isso, precisam desenvolver valores e reflitir sobre suas atitudes”, afirma Sandra Gianocaro, orientadora educacional do ensino fundamental e uma das coordenadoras do Projeto Sinapse, como foi batizado o ciclo de atividades do colégio.

Estudiosa do assunto, Fátima Sudibrach – professora da Universidade de Brasília (UnB) e uma das responsáveis pelo Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas – prega que é fundamental que se estabeleça um laço forte entre professores e alunos. Só assim se criaria um um fator de proteção aos jovens. “Mas isso só é possível quando o estudante vê na escola alguém em quem confiar”, alerta.

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