Cerca de 300 estudantes reuniram-se na Universidade de São Paulo (USP) na tarde desta segunda-feira para protestar contra a interdição do campus Leste da instituição, onde funciona a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH).
A manifestação foi convocada pelas redes sociais com o objetivo de questionar o reitor Marco Antônio Zago sobre o início das aulas, que já foi adiado duas vezes. O ano letivo da USP começou no dia 17 de fevereiro, mas devido a interdição da USP Leste pela Justiça por causa de problemas ambientais, a data foi postergada para esta segunda-feira.
Entretanto, após um parecer do Ministério Público Estadual (MPE) contra a liberação do campus, o início das atividades foi remarcado para o dia 24 deste mês.
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O campus está fechado desde o início de janeiro devido a contaminação do solo por gás metano. Além do gás, o espaço sofre ainda com a contaminação de terra por óleos minerais nocivos à saúde, o que levou o MPE a abrir um inquérito contra o ex-diretor do campus José Jorge Boueri Filho para investigar a responsabilidade pelo depósito de terra de origem desconhecida na unidade entre 2010 e 2011.
A USP afirma que está trabalhando para reverter o problema e que já está viabilizando a instalação de dez bombas fixas para a extração de gases do subsolo.