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Venezuela desvaloriza moeda e equipara cotação oficial à do mercado negro

O FMI prevê uma inflação de 10.000.000% para o país em 2019

Por AFP 29 jan 2019, 01h25
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  • Manifestantes realizam marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019  (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

    A Venezuela desvalorizou sua moeda, o bolívar, em 36,82% nesta segunda-feira 28, o que equipara a cotação oficial do dólar com a do mercado negro, que o governo de Nicolás Maduro descreveu como “criminoso”.

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    Como resultado do novo mecanismo cambial, a cotação foi fixada em 3.299,12 bolívares por dólar, em comparação com 3.188,62 do site dolartoday.com, a principal referência no mercado paralelo.

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    O esquema incorpora uma plataforma tecnológica operada pela empresa privada Interbanex com autorização do Banco Central da Venezuela (BCV), para intermediar entidades privadas e operadoras como bancos.

    “A taxa de câmbio (…) será a definida pela oferta e demanda”, disse Interbanex, em um país onde existe um rígido controle cambial desde 2003, que dá ao Estado o monopólio da moeda.

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    Especialistas pedem a Maduro que elimine essa política de intervenção para enfrentar a grave crise econômica, com escassez de alimentos e remédios básicos e uma inflação que o FMI projeta em 10.000.000% para 2019.

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    A medida é adotada em meio a um agravamento da crise política, depois que na última quarta-feira o presidente do Parlamento, de maioria opositora, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino. Maduro denunciou a manobra como um “golpe” liderado pelos Estados Unidos, que reconheceu Guaidó como presidente, assim como vários países da América Latina.

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    Asdrubal Oliveros, diretor da consultoria Ecoanalítica, afirmou que o reconhecimento do valor do dólar acontece “tarde demais”, e duvida da viabilidade do novo esquema por causa das tensões políticas.

    “O problema não é a plataforma, que pode ser a melhor do mundo (…), o país está em uma dinâmica onde isso não é viável, e vai piorar”, alertou Oliveros.

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    Além de dar sua bênção a um governo paralelo, Washington ameaçou endurecer as sanções contra o governo de Maduro.

    A taxa oficial na última sexta-feira era de 2.084,39 bolívares por dólar, resultado de um sistema de leilões coordenado pelo BCV. Não ficou claro se a nova plataforma substituirá os leilões ou se as duas modalidades vão coexistir.

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    Dada a oferta limitada de divisas através dos canais oficiais, um mercado paralelo do dólar emergiu, onde as cotações chegam a ser multiplicadas por 30 em relação às taxas do governo.

    Maduro e autoridades do alto escalão do seu governo rotularam esse mercado negro de “criminoso”, assegurando que inflacionava artificialmente o valor das moedas estrangeiras para afundar a economia venezuelana.

    O proprietário de um dos portais que comercializa o “dólar negro” foi preso em abril passado, acusado de “terrorismo financeiro” – e milhares de contas bancárias foram bloqueadas por operações à margem do controle cambial.

    Desde agosto passado, quando Maduro lançou um pacote de reformas contra a crise, o bolívar desvalorizou 98,12%. O plano já havia começado com uma desvalorização de 96%.

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