Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dívida pública sobe para R$ 3,87 trilhões em 2018

Segundo Tesouro Nacional, o valor deve chegar a até 80,6% do PIB em 2022

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 28 jan 2019, 22h05 - Publicado em 28 jan 2019, 17h09

O estoque da dívida pública federal  encerrou 2018 em 3,877 trilhões de reais ante 3,559 trilhões de reais em dezembro de 2017. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 28, pelo Tesouro Nacional. O valor representa uma alta de 1,32% de novembro para dezembro.

O resultado do ano ficou dentro do previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2018, cujo intervalo ia de 3,780 trilhões de reais a 3,980 trilhões de reais.

O Tesouro Nacional também previu que a dívida bruta do governo está numa trajetória crescente e vai atingir o pico em 2022, alcançando 80,6% do Produto Interno Bruto em 2022. Para 2019, a previsão é que o endividamento vá subir de 77,3% para 78,2% do PIB.

As previsões levam em conta uma estimativa de crescimento do PIB de 2,5% em 2019 e 2,4% em 2020. A previsão de inflação (IPCA) usada nas projeções foi de 3,9% em 2019 e 4% em 2020.

Os dados constam no Plano Anual de Financiamento, documento que estabelece as metas e diretrizes para a gestão da dívida pública.

Continua após a publicidade

Na mensagem do documento, o Tesouro reforçou que é fundamental que haja avanços na agenda de reformas para impactar positivamente os indicadores fiscais e, consequentemente, as condições econômicas do país.

“Esse cenário favorecerá a dinâmica do endividamento, permitindo que se obtenha uma trajetória sustentável”, destaca o Tesouro. “As reformas estruturais são urgentes para reverter o crescimento dos gastos obrigatórios”, completa.

Para o Tesouro, o ano de 2019 representará mais um passo na consolidação fiscal do governo federal. O órgão defendeu a compreensão da sociedade quanto à importância do equilíbrio das contas públicas.

Estados devem deixar de pagar R$ 166 bilhões

Em meio à tentativa dos novos governadores de obter um novo socorro da União, o Tesouro Nacional anunciou que as recentes renegociações e outras medidas de suspensão de pagamentos obtidas por estados e municípios já renderam um impacto de 166,7 bilhões de reais na dívida pública entre 2016 e 2022.

“Sempre que o Tesouro ajuda algum ente, esse resultado acaba impactando dívida pública, fatalmente vai se transformar em dívida, não necessariamente num primeiro momento porque o Tesouro pode usar o seu caixa”, afirmou o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, José Franco Morais. Segundo ele, mesmo que o Tesouro use o caixa próprio, a dívida acabará subindo mais adiante para absorver esse impacto e recompor o caixa do governo.

Continua após a publicidade

Só entre 2016 e 2018, a renegociação de dívidas com estados e municípios e a necessidade de o Tesouro honrar pagamentos com bancos e outras instituições no lugar dos governos regionais já geraram um impacto de 71 bilhões de reais. Essa conta ainda vai crescer nos próximos anos e somará 95 bilhões de reais entre 2019 e 2022.

Esse impacto se dá de duas maneiras: quando a União deixa de obter receitas que viriam com o pagamento das dívidas dos estados e municípios com o governo federal, e quando o Tesouro honra as garantias dadas a empréstimos obtidos por esses entes, mas não consegue executar as contragarantias previstas para compensar o prejuízo porque eles estão no Regime de Recuperação Fiscal ou porque obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Morais, a mensuração desse impacto não quer dizer que o governo federal já emitiu tudo isso em títulos da dívida. Como o Tesouro Nacional tem um “colchão de liquidez” formado por recursos em caixa, o órgão pode usar esse dinheiro em vez de emitir papéis imediatamente. “Uma parcela do impacto já ocorreu, outra ainda vai ocorrer”, explicou o subsecretário. Segundo ele, se a dívida ainda não subiu na mesma proporção do impacto, ela ainda vai subir.

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.