O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo registrou a venda de 2.109 unidades em fevereiro e teve crescimento de 12,8% em relação a igual mês de 2011, quando 1.869 unidades foram comercializadas. Em relação ao mês anterior, janeiro de 2012, o crescimento foi de 97,5%.
De acordo com dados do sindicato da habitação na capital paulista (Secovi-SP), responsável pela Pesquisa sobre Mercado Imobiliário, foi o terceiro melhor desempenho para o mês, considerando a evolução de vendas desde a mudança de metodologia, a partir de 2004.
Para o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, os dados confirmam as previsões de ajuste do mercado às novas condições, depois de período de crescimento proporcionado por um cenário econômico exuberante nos últimos anos. “Com objetividade, é de se esperar que o mercado de imóveis continue a apresentar bons resultados em 2012 e nos próximos anos. Inclusive, cada vez mais bem distribuído no atendimento a diferentes faixas de renda familiar”, observa.
Do total comercializado, 87,7% resultaram da soma de imóveis de dois e três dormitórios, respectivamente, 1.202 unidades (57%) e 647 unidades (30,7%). Em termos de área útil, unidades em média com 46 m² e 65 m² representaram 43% das vendas.
Acumulado – No primeiro bimestre, as vendas em unidades acumulam alta de 17,7% (3.177 imóveis) em relação ao mesmo período de 2011 (2.699 unidades). Os dois meses movimentaram 1,4 bilhão de reais em valor geral de vendas, superando em 13,1% o faturamento do mesmo bimestre do ano passado.
Lançamentos residenciais – A Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) apurou, no segundo mês de 2012, o lançamento de 1.383 unidades, com alta de 105,2% em relação a janeiro último e queda de 52,3% sobre fevereiro de 2011.
Considerações – Segundo especialistas, o mês de fevereiro ainda integra o período de sazonalidade do mercado imobiliário, caracterizado pelo baixo movimento no início do ano. “Mesmo assim, há indícios de crescimento consistente, ao se observar os indicadores da pesquisa”, pondera Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.