Por Álvaro Campos
Rio – A unidade brasileira da petroleira norte-americana Chevron está trabalhando para identificar a causa de um vazamento no campo Frade, na Bacia de Campos, mas afirmou que o problema não está relacionado a um poço de produção e que as operações no local continuam normalmente. “Nós não sabemos ainda a causa do vazamento, mas temos certeza que não está partindo de um poço de produção”, comentou uma porta-voz da companhia.
A Chevron disse que tomou ciência de uma mancha de óleo de tamanho não determinado entre o campo Frade, a 120 quilômetros da costa do Espírito Santo, e o campo Roncador, operado pela Petrobras. Os dois campos ficam na Bacia de Campos. “Isso não é a mesma coisa que Macondo”, disse a porta-voz, se referindo ao enorme vazamento do poço localizado no Golfo do México, no ano passado. Segundo ela, vazamentos de petróleo no leito do oceano são “normais” na Bacia de Campos. A representante disse ainda que a mancha de óleo não deve atingir a costa brasileira.
Mais cedo, Heloisa Marcondes, coordenadora de comunicação e relações com a imprensa da Chevron Brasil, disse que o vazamento estava relacionado com uma rachadura no leito do oceano, o que seria um fenômeno natural. “Todas as medidas necessárias para responder a essa emergência e minimizar qualquer impacto no meio ambiente estão sendo tomadas”, disse a Chevron em comunicado.
A petroleira norte-americana começou a produção no campo Frade, no qual tem uma participação de 51,7%, em 2009. A companhia lidera a operação no campo, que contém uma reserva recuperável estimada em 200 milhões a 300 milhões de barris de petróleo equivalente. A Petrobras tem uma fatia de 30% no campo, enquanto o consórcio Frade Japão Petróleo Ltda. detém os 18,3% restantes. O poço produziu 80.425 barris de petróleo equivalente por dia em setembro. As informações são da Dow Jones.