O prejuízo líquido da Vale somou 9,53 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano, revertendo, assim lucro reportado no mesmo período de 2014. Impactado pelos menores preços do minério de ferro e pela desvalorização cambial, o prejuízo da mineradora brasileira no trimestre é o terceiro consecutivo.
Embora a Vale apresente seu desempenho financeiro em dólares, a depreciação do real impacta seus resultados, já que a moeda funcional para a controladora é a brasileira. Em dólar o prejuízo da Vale foi de 3,11 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2015.
A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ainda em relação ao primeiro trimestre deste ano, somou 4,63 bilhões de reais (1,6 bilhão de dólares), queda de 60,5% na relação anual e de 26,7% na trimestral.
A receita líquida da companhia somou 18,02 bilhões de reais no trimestre, queda de 19,6% na relação anual e recuo de 22,1% em comparação com os últimos três meses.
Produção – A Vale bateu no período de janeiro a março recorde de produção do minério de ferro para um primeiro trimestre, com 74,52 milhões de toneladas, crescimento de 4,9% em relação ao visto um ano antes, de acordo com o relatório de produção da companhia divulgado na semana passada.
A Vale tem mantido firme sua política de desinvestimento para se tornar mais eficiente até o projeto S11D, o Serra Sul (em Carajás, no Pará), entrar em operação, o que está previsto para 2016. Esse projeto, que acrescentará 90 milhões de toneladas à companhia, fará com que a Vale produza minério de baixo custo e de alta qualidade. Essa é a aposta para a companhia gerar caixa em qualquer cenário de preços.
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(Com Estadão Conteúdo)