A Vale confirmou o bloqueio de ativos no valor de 800 milhões de reais em suas contas, a pedido do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT), em determinação emitida na noite desta terça-feira 29. O valor tem a finalidade de assegurar as indenizações necessárias aos atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
Em comunicado, a companhia também afirmou que pretende se defender “de forma vigorosa” da “reclamação para instauração de uma suposta ação coletiva de valores mobiliários” ajuizada nos Estados Unidos contra a empresa, seu diretor-presidente, Fabio Schvartsman, e seu diretor executivo de Finanças e Relação com Investidores, Luciano Siani Pires.
A ação de investidores americanos surge em decorrência da relação da empresa com a tragédia de Brumadinho e as grandes perdas financeiras da companhia.
“A Reclamação, supostamente ajuizada em nome de alguns compradores de títulos mobiliários da Vale, alega violações aos artigos 10(b) e 20(a) da Lei de Valores Mobiliários americana de 1934. A Reclamação alega, entre outros pontos, que a Companhia teria feito declarações falsas e enganosas e se omitido em divulgar os riscos e danos potenciais no caso de um rompimento da barragem de Feijão em Brumadinho, MG, Brasil”, afirma a mineradora, em comunicado ao mercado.
“A reclamação requer indenização por danos ainda não especificados. Tendo em vista o estágio ainda inicial do processo, não é possível, neste momento, prever qualquer possível resultado para esta questão”, acrescenta a nota.
No mesmo documento, a Vale confirma o bloqueio de 800 milhões de reais de suas contas. Após ser questionada pela CVM, a Vale esclareceu que “entendeu não se tratar de Fato Relevante” esse bloqueio adicional pelo MPT após analisar o teor e as consequências da decisão.
(Com Estadão Conteúdo)