Os gastos do governo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) bateram recorde em agosto, de 8,45 bilhões de reais, ante 3,45 bilhões de reais em julho, de acordo com dados da Secretaria de Orçamento Federal, publicados pelo jornal Valor Econômico. O maior valor dedicado ao programa até então havia sido em janeiro (7,23 bilhões de reais). A decisão de turbinar gastos ameaça o cumprimento da meta fiscal do governo de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
A maior parcela do gasto total foi destinada ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) com 2,62 milhões de reais, também o mais elevado do ano. Também chama a atenção o desembolso de 1,7 bilhão ao Ministério dos Transportes.
Além disso, foram reforçados os repasses do Tesouro Nacional à Caixa Econômica Federal para o pagamento de benefícios com seguro-desemprego e abono salarial (9,3 bilhões de reais).
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De acordo com uma fonte, a elevação do gasto foi financiada pela receita extra do Refis, programa de parcelamento de débitos tributários com redução de juros e multas e por dividendos que a Caixa e o BNDES repassaram ao Tesouro no mês passado. A medida também sinaliza que o governo pode não ter mais compromisso com o cumprimento da meta fiscal.
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