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UE e FMI se unem para ‘salvar’ Irlanda de crise financeira

O país, porém, nega que esteja precisando de qualquer tipo de ajuda financeira

Por Da Redação
17 nov 2010, 09h12
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  • Após inúmeros dias de debate sobre a situação econômica irlandesa, os ministros das Finanças de 16 países da zona do euro se reúnem e se dispõem, junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a colocar em prática um plano de ajuda financeira à Irlanda para impedir que o sistema bancário do país entre em colapso. A ajuda poderia chegar a 136 bilhões de dólares, segundo reportagem do Wall Street Journal, e seria usada para aumentar a solvência do setor bancário e auxiliar o país no pagamento de sua dívida.

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    A Grã-Bretanha, por meio de seu ministro das Finanças George Osborne, afirmou que tem total interesse em ajudar a Irlanda a se recuperar. Os britânicos temem que a crise irlandesa se alastre pelo restante da Europa. “A Irlanda é nossa vizinha mais próxima. É do interesse nacional da Grã-Bretanha que a economia britânica tenha sucesso e que tenhamos um sistema bancário estável. Portanto, estamos dispostos a ajudar a Irlanda se o país precisar”, declarou Osborne. A Irlanda é um dos principais parceiros comerciais britânicos.

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    A reunião entre os ministros das Finanças, ocorrida nesta terça-feira em Bruxelas, na Bélgica, foi convocada expressamente para acalmar os mercados. Países já fragilizados pela crise financeira de 2008, como Portugal, Grécia e Espanha, enfrentam dificuldades financeiras e paira sobre eles a desconfiança de que, assim como a Irlanda, não conseguirão honrar o pagamento de sua dívida. Alemanha e França, apesar de mais fortalecidos que os vizinhos do sul do continente, também temem pela desestabilização do euro, caso a Irlanda entre em colapso. A moeda vem enfrentado problemas desde 2009, que têm sido agravados pela pressão da guerra cambial entre Estados Unidos e China.

    Ajuda temporariamente recusada – Apesar da pré-disposição dos países em socorrer a Irlanda, o ministro das Finanças irlandês, Brian Lenihan, afirmou nesta quarta-feira que o sistema bancário do país não atravessa “graves dificuldades” e atribuiu a crise econômica à falta de normalização nos mercados internacionais. Em declarações à emissora RTE, Lenihan lembrou que o estado irlandês tem suas necessidades econômicas garantidas até meados do ano que vem e que “parte dos bancos” já foi nacionalizada. As entidades financeiras, continuou o ministro, contam também com o apoio do Banco Central Europeu (BCE), da mesma maneira que os planos orçamentários do governo para os próximos quatro anos obtiveram o respaldo da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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    Um dos temores da Irlanda em aceitar o plano de resgate proposto pela Europa é de que uma das exigências para o recebimento de recursos seja o aumento de impostos. Para atrair investimentos externos, o país mantém sua taxa em 12,5% ao ano.

    Termos do resgate – De acordo com a reportagem do Wall Street Journal, os ministros das Finanças consideram oferecer diferentes ‘pacotes’ de ajuda. O temor maior recai sobre a solvência dos bancos, que podem precisar de cerca de 50 bilhões de euros para se recomporem. Já para honrar o pagamento da dívida pública, o país precisaria de um auxílio de 80 bilhões, de acordo com informações obtidas pelo jornal americano.

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    O problema de insolvência no sistema bancário irlandês provém de décadas de crédito de má qualidade, originando uma bolha imobiliária. Desde a crise das hipotecas, em 2008, o país não conseguiu se recompor.

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