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‘Tudo que fizemos no Brasil foi jogado no lixo’, diz presidente da Kia

José Luiz Gandini disse ao 'Financial Times' que montadora coreana mudará o foco no país, importando veículos de luxo, para conseguir sobreviver diante do ambiente hostil a importados

Por Da Redação
29 out 2012, 19h01
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  • A coreana Kia foi a montadora mais penalizada pelo aumento de 30 pontos porcentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também pelo Novo Regime Automotivo, anunciado pelo governo em meados de outubro. Com a estratégia voltada para a classe média, a empresa foi uma das que mais cresceu em vendas de carros entre 2009 e 2011 – os emplacamentos saltaram de 24 mil para 77 mil em apenas dois anos. Contudo, José Luiz Gandini, presidente da montadora no Brasil, afirmou ao jornal Financial Times que irá mudar o foco no país. Com a impossibilidade de importar a um preço competitivo, o executivo disse que a montadora vai mirar a alta renda e importar automóveis de luxo. “Tudo que fizemos no Brasil foi jogado no lixo”, disse Gandini, ao reclamar das cotas impostas pelo Planalto à importação de veículos.

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    Segundo o executivo, as vendas de 100 mil automóveis previstas para 2012 se limitarão a 45 mil. Para o ano que vem, apenas 4.800 carros poderão ser importados sem o IPI alto. “O que se pode fazer? Fiz tudo certo e a Kia também. Mas o governo mudou as regras do jogo”, disse Gandini. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), a nova tributação de IPI somada aos impostos já existentes alçam o preço do automóvel importado em 340% do valor fixado no momento da importação.

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    Gandini afirmou ao FT que a empresa considera a possibilidade de montar uma planta no Brasil. Mas que, até que isso seja definido, a Kia terá de mudar o foco e reduzir sua operação. A reportagem não explica a razão da demora da coreana em se estabelecer no país. Ocorre que a Kia herdou uma dívida tributária de 1,7 bilhão de reais da Ásia Motors, feita quando a coreana se associou a empresários brasileiros para trazer automóveis, como o furgão Besta, ao Brasil. Por isso, enquanto não houvesse decisão judicial sobre quem arcaria com o passivo, a empresa não pode se estabelecer. Apenas em novembro do ano passado o Tribunal Regional Federal (TRF) deu ganho de causa para a Kia e isentou a montadora do pagamento bilionário.

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