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Trump bane transações financeiras com Alipay e outros apps chineses

Segundo o republicano, aplicações podem roubar dados dos americanos; ordem entra em vigor no mandato de Joe Biden

Por da Redação
Atualizado em 7 jan 2021, 15h04 - Publicado em 6 jan 2021, 09h39
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  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva proibindo transações com oito aplicativos chineses, incluindo a plataforma de pagamento Alipay, de propriedade do bilionário chinês Jack Ma, dono do Ant Group, e aplicativos da gigante chinesa de tecnologia Tencent. O decreto, assinado na terça-feira, 5, entra em vigor em 45 dias, ou seja, após Trump sair do cargo e o democrata Joe Biden ter assumido a presidência. 

    Na ordem executiva, Trump alega que os aplicativos podem acessar informações privadas de seus usuários e poderiam ser usado pelo governo chinês para “rastrear a localização de funcionários federais e contratados e construir dossiês de informações pessoais”. 

    Não é a primeira vez que Trump assina ordem para banir aplicativos chineses, intensificando a tensão entre as duas potências comerciais. Em agosto, o TikTok e o WeChat, o super app chinês, passaram por situações semelhantes, mas as ordens foram bloqueadas por tribunais americanos, o que indica que esta nova ordem pode enfrentar desafios jurídicos semelhantes, além da oposição de gigantes americanas que fazem negócios com empresas chinesas, como Apple, Walmart, Disney, que se opuseram em situações anteriores.

     

    A decisão de Trump atribui ao Departamento de Comércio a definição de quais transações serão proibidas e tem como alvo o QQ Wallet da Tencent e o aplicativo de pagamentos do WeChat. Também serão afetados os apps CamScanner, SHAREit, VMate e WPS Office. Segundo o secretário de Comércio, Wilbur Ross, seu departamento está instruído a cumprir o pedido do presidente. “Eu defendo o compromisso do presidente Trump em proteger a privacidade e a segurança dos americanos contra as ameaças do Partido Comunista Chinês”, escreveu ele, em suas redes sociais.

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    Desde que assumiu a presidência, em janeiro de 2017, Trump travou uma verdadeira batalha comercial com a China alegando práticas desleais do país asiático. Durante o seu mandato, o republicano impôs tarifas sobre as importações da China e realizou uma campanha agressiva contra empresas de tecnologia chinesas, medidas que muitas vezes provocaram críticas e retaliações vindas de Pequim, em uma cruzada com impactos mundiais. É um desafio e tanto para Biden, que assume a Casa Branca no próximo dia 20 com diversos passivos deixados por Trump. 

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