Um tribunal de Tóquio prorrogou até o dia 14 de abril a prisão provisória do ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, pela nova acusação preparada pelo Ministério Público, de acordo com informações de fontes judiciais.
A promotoria pediu ao tribunal que aceitasse a prorrogação da detenção, inicialmente por um período máximo de 48 horas, e o juiz aceitou aumentar para mais dez dias depois da data em que Ghosn foi detido.
Existe a possibilidade do Ministério Público de Tóquio solicitar um período adicional de dez dias antes de anunciar a acusação formal ou decidir libertá-lo.
Ghosn voltou a ser preso no âmbito da investigação de uma quarta acusação, relacionada a uma transferência de 32 milhões de dólares para uma distribuidora das montadoras em Omã. O executivo já enfrenta três acusações de má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.
O empresário foi detido na capital japonesa em 19 de novembro do ano passado e ganhou liberdade após pagar uma fiança em 6 de março deste ano. Desde então, o empresário tem seus movimentos e contratos restringidos, de acordo com as condições determinadas pelo tribunal responsável por seu caso.
O executivo usou o Twitter pela primeira vez depois que foi levado para prisão domiciliar nesta quarta-feira. Ele usou uma conta criada por seus porta-vozes para anunciar o plano de fazer uma coletiva de imprensa no dia 11 de abril.
“Estamos nos preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo. Coletiva de imprensa na quinta-feira, em 11 de abril”, tuitou em inglês e em japonês.
(Com AFP e EFE)