O multimilionário Elon Musk anunciou nesta terça-feira que a fabricante de automóveis elétricos de luxo Tesla demitirá 9% dos funcionários para mostrar que pode ser rentável, após ter sido incapaz de lucrar ao longo de seus quinze anos de história. Musk comunicou em carta aos funcionários que começou a informar os afetado depois de “avaliar de forma detalhada cada posição” e “avaliando as capacidades específicas de cada indivíduo”.
A medida significará a saída de aproximadamente 4.100 empregados dos 46 mil. As demissões não afetam os operários de fábrica que produzem os veículos.
O fundador da companhia também transmitiu aos funcionários que a Tesla não renovará o acordo com a Home Depot pelo qual aluga espaço em 800 estabelecimentos para vender produtos de painéis solares domésticos.
“Somos uma pequena empresa em um dos setores mais duros e competitivos da Terra, no qual simplesmente sobreviver, não crescer, já é uma forma de vitória (Tesla e Ford são as únicas companhias de automóveis dos EUA que não se declararam em moratória)”, acrescentou Musk.
Em maio, o empresário anunciou uma profunda reorganização da Tesla perante as dificuldades econômicas da empresa, incapaz de gerar lucro e de alcançar as metas de produção com seu último modelo, Model 3.
A Tesla aumentou as suas perdas em 97,5%, até 784,6 milhões de dólares no primeiro trimestre do ano embora o faturamento tenha aumentado 26,4% e chegado a 3,408 bilhões de dólares.
Musk negou que a empresa tenha problemas financeiros, embora os principais analistas do setor assinalem que a fabricante está consumindo rapidamente suas reservas de capital e provavelmente necessitará dinheiro no final deste ano ou no início do próximo para se manter flutuando.