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SIX Semicondutores procura sócio para substituir Eike

Em meio a um processo de reestruturação, o grupo de EBX está disposto a deixar a fábrica de chips eletrônicos, cujo projeto é orçado em R$ 1 bilhão

Por Da Redação
5 set 2013, 13h04
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  • Dez meses após ser lançada com pompa pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a SIX Semicondutores está em busca de um sócio para substituir a EBX. Em meio a um processo de reestruturação, o grupo de Eike Batista está disposto a deixar a fábrica de chips eletrônicos e já não tem fôlego (ou interesse) para financiar o projeto, orçado em 1 bilhão de reais.

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    Ao lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a EBX é a maior acionista da SIX. Ambos possuem participação de 33,02% na empresa, que tem como sócias minoritárias IBM (18,08%), Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) (7,2%), Matec Investimentos (6%) e a Tecnologia Infinita WS-Intec (2,6%), do empresário Wolfgang Sauer, idealizador do projeto, falecido em abril.

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    O grupo EBX procura transferir o negócio a outro investidor. O BNDES também se movimenta para encontrar um substituto ao X do projeto. Além de aportar 245 milhões de reais para garantir sua fatia na sociedade, o banco aprovou um financiamento de 267 milhões de reais para a fábrica que está sendo construída no município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Procurados, a EBX, o BNDES e o governo de Minas Gerais não quiseram comentar o assunto.

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    Até o momento, segundo apurou a Agência Estado, o BNDES liberou 40 milhões de reais para as obras. A EBX, entretanto, não tem como dar a contrapartida obrigatória ao investimento – algo entre 50 milhões de reais e 100 milhões de reais – nesse momento de crise aguda.

    Embora o projeto seja considerado estratégico pelo governo, há resistência dentro do banco de fomento em elevar sua participação na SIX para tapar o buraco deixado pela EBX. A solução, portanto, será mesmo encontrar um novo parceiro. A preferência é por um investidor privado, já que o governo já fez aportes pesados na SIX.

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    Além do financiamento e da participação acionária do BNDES, a estatal Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) concedeu empréstimo de 202 milhões de reais à fábrica. Desse total, já liberou 33 milhões de reais. Já o mineiro BDMG investiu até agora 16 milhões de reais de um total de 48,2 milhões de reais.

    Projeto – A Six Semicondutores vai produzir chips para aplicações industriais e médicas, tendo como diferencial a fabricação de circuitos integrados sob medida. O cronograma do projeto prevê a entrega das obras civis e de infraestrutura, a cargo da Matec, até dezembro. No próximo ano a unidade deverá receber e instalar os equipamentos para iniciar as operações em 2015.

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    A produção local de semicondutores é um objetivo perseguido pelo governo desde o lançamento da política industrial no início de 2012. Pelos cálculos do Planalto, a importação de chips, à época, gerava um déficit comercial de 6 bilhões de dólares por ano ao país.

    Efeitos – Além do impacto econômico, o curto-circuito por causa da saída da EBX pode ter também um efeito político indesejável. A fábrica da SIX Semicondutores promete criar 300 empregos diretos no estado de Minas Gerais. Qualquer dificuldade para tirar a unidade do papel poderá ser usada como munição contra a candidatura praticamente certa do ministro Fernando Pimentel ao governo mineiro em 2014, pelo PT.

    Por questões de agenda, o ministro substituiu a presidente Dilma Rousseff no lançamento da fábrica, em novembro passado. No evento, Pimentel afirmou que a construção da SIX Semicondutores �significa a entrada das indústrias de Minas Gerais e do Brasil no século 21� e comparou o impacto da fábrica na economia mineira à consolidação da mineração nos anos 1940, da siderurgia nos 1950 e da instalação da indústria automobilística na década de 1970.

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    (com Estadão Conteúdo)

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