O volume do setor de serviços do Brasil caiu 4,5% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Foi a 13ª queda consecutiva mensal e o pior desempenho para o mês da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012.
Com o resultado de abril, o volume de serviços prestados acumulou queda de 4,9% no ano e recuo de 4,6% em 12 meses. Em março, a queda havia sido de 5,9%, e, em fevereiro, a retração foi de 3,9%.
Foram registradas variações negativas em todos os seguintes segmentos: serviços prestados às famílias (-3%), serviços de informação e comunicação (-3%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-5,4%), transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-6,5%) e outros serviços (-3,3%).
Apesar da queda anual ter sido menor do que a de 5,9% vista em março, o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha, salientou que “ainda não há uma tendência de reversão”. “Para o setor de serviços zerar a perda, tem que crescer 0,6 por cento ao mês de maio até dezembro na comparação com o ano anterior. Isso parece um pouco difícil dado o comportamento da indústria e da economia brasileira”, completou ele.
Por região, ainda na comparação anual, as maiores quedas foram vistas nos Estados do Amazonas (-15,3%), Amapá (-12,3%) e Paraíba (-11,2%). Na contramão, houve crescimento em Rondônia (7,2%), Tocantins e Roraima, ambas com 6,5%.
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PMS – Desde outubro de 2015, o IBGE divulga índices de volume no âmbito da PMS. Antes disso, o IBGE anunciava apenas os dados da receita bruta nominal. A série da PMS foi iniciada em janeiro de 2012. Ainda não há dados com ajuste sazonal (que permitem a análise do mês contra o mês imediatamente anterior), porque, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.
(Da redação, com Reuters)