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Serviços pode fechar ano com pior resultado desde 2003

Economistas acreditam que o setor que responde por dois terço do crescimento do país terá alta de apenas 1%

Por Da Redação
21 set 2014, 09h51
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  • O setor de serviços é uma espécie de coração da economia. Responde por praticamente dois terço do crescimento do país. Também emprega quase 70% da mão de obra, com um detalhe importante: a maioria são trabalhadores menos qualificados, que recebem salários mais baixos. Em outras palavras, é o setor de serviços que garante a renda das famílias da base da pirâmide social.

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    Segundo a economista da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, a desaceleração começou em março e se espalha por vários segmentos. Transportes, intermediação financeira, compra e locação de imóveis são exemplos de atividades que estão freando. “É uma retração generalizada”, diz ela. Para Alessandra, até é possível dizer que o pior momento já passou, pois o segundo trimestre foi muito ruim. O setor de serviços cresceu apenas 0,2% e é difícil que o fosso se aprofunde. No entanto, a alta de 1,2%, projetada para o terceiro trimestre deve ser seguida por um quarto trimestre novamente ruim – a projeção é que cresça em torno de 0,6%.

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    Expectativas tão desanimadoras justamente no final do ano, o momento em que as pessoas gastam mais para trocar presentes, tem uma explicação. O principal freio dos setor serviços é o varejo, que dentro das regras adotadas para o cálculo do PIB faz parte de serviços. Assim como outros analistas que acompanham o crescimento, o economista da LCA Consultores, Bráulio Borges, visualiza que o comércio não vai reagir. Borges diz que o segmento deve crescer apenas 0,5% em 2014. Para o setor de serviços, a LCA projeta um crescimento desalentador de apenas 0,9%.

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    Inflação – Para Borges, no entanto, a desaceleração pode dar uma contribuição positiva ao conjunto da economia. A inflação de serviços acumulada em 12 meses está entre 8% e 8,5%, bem acima da inflação oficial, que em 12 meses encerrados em agosto ficou em 6,51%. Neste sentido, acredita Borges, a desaceleração do setor pode fazer com que os preços cedam. Em São Paulo, por exemplo, os preços dos estacionamentos, que chegam a 25 reais a hora, caíram pela primeira vez.

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    A grande incógnita ainda é o comportamento do emprego. O economista da Fecomércio-SP, Fábio Pina, diz que a desaceleração ainda não se refletiu em demissões porque há carência de profissionais qualificados e as empresas evitam demitir. O cenário, porém, não é bom. Existe a expectativa de que a renda não cresça neste ano. Como a inflação segue resistente, a tendência é que as famílias cortem gastos em serviços, considerados supérfluos, complicando a preservação do emprego. “Quanto pior a situação, mais racional o consumidor e em algum momento as pessoas cortam despesas: trocam o plano do telefone, o da TV a cabo, vão economizando”, diz Pina.

    (Com Estadão Conteúdo)

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