As centrais sindicais marcaram para sexta-feira um dia de greve e manifestações. Diferentemente das paralisações realizadas em 15 de março e 28 de abril, o movimento desta semana não será chamado de greve geral.
É que algumas categorias importantes já informaram que não vão aderir à greve de 30/06. Esse é o caso dos motoristas de ônibus de São Paulo e dos ferroviários da CPTM. Os metroviários aprovaram indicativo de greve, mas ainda vão realizar uma assembleia na quinta-feira para referendar a decisão.
Nas paralisações anteriores, a adesão dos trabalhadores do transporte público amplificou a paralisação. Sem ter como chegar ao serviço, muitas pessoas acabaram ficando em casa por falta de metrô, ônibus e trem.
Movimentos sociais, como as frentes Brasil Sem Medo e Povo Sem Medo aderiram ao protesto e prometem realizar manifestações na sexta-feira.
Em São Paulo, haverá um protesto na praça Ramos de Azevedo, região central da cidade, a partir das 10h. O Sindicato dos Motoristas de São Paulo, filiado à UGT, participará desse ato. Outra mobilização deve acontecer às 16h na avenida Paulista.
As centrais sindicais convocaram esse dia de greve e manifestações em todo o país contra a reforma trabalhista e o governo Temer.
A pressão contra a reforma trabalhista começa já nesta terça-feira, quando aeroviários devem realizar protestos. O objetivo é pressionar os senadores, que retornam para Brasília e devem votar o texto na quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça.
“Como resultado do amplo debate com a sociedade e das mobilizações, conseguimos frear a tramitação da Reforma da Previdência e tivemos uma primeira vitória na Reforma trabalhista, com a reprovação na CAS (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado). Mas ainda não enterramos essas duas reformas, e por esse motivo, continuamos em luta”, diz nota assinada pela CUT, Força Sindical, UGT e mais seis centrais sindicais.