Falharam neste sábado as negociações para formação de um governo de coalização na Grécia, e o país caminha para sua sexta eleição geral em oito anos. Presidente do partido Nova Democracia, o conservador Vangelis Meimarakis chegou a afirmar que negociaria até o prazo máximo permitido pela legislação para evitar a convocação de novo pleito. A um dia da expiração do prazo, porém, ele está longe de obter o apoio dos 120 deputados necessários – algo que só seria possível com a adesão da Syriza, coalizão do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, que renunciou na quinta-feira.
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Em entrevista à emissora grega Mega, o porta-voz da Nova Democracia, Kostas Karagunis, afirmou que Meimarakis conversará com o ex-primeiro-ministro com o objetivo de evitar as eleições antecipadas. Na primeira reunião realizada na sexta-feira com Stavros Thedorakis, representante do To Potami, de orientação liberal, Meimarakis ouviu que a atual formação do Parlamento não permite a elaboração de um governo de coalizão antes do novo pleito.
A mesma resposta foi dada pela presidente dos sociais-democratas do Pasok, Fofi Yenimata, que afirmou que os deputados não podem concordar com um novo governo sem eleições.
Meimarakis, no entanto, deve continuar a fazer contatos ao longo do dia e se reunirá com o líder do recém-criado Unidade Popular, Panayotis Lafazanis. O grupo surgiu na sexta-feira a partir da cisão do Syriza e já tem 25 deputados, transformando-se na terceira força do Parlamento, à frente dos ultradireitistas do Amanhecer Dourado.
Se Meimarakis não tiver sucesso em sua empreitada, um governo de transição será formado com a única incumbência de organizar as novas eleições no prazo máximo de 30 dias. Dessa forma, é bem provável que o pleito seja realizado no dia 20 de setembro.
(Com agência EFE)