O comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia (UE), Olli Rehn, disse neste sábado, que a saída da Grécia da Zona do Euro prejudicaria mais o próprio país do que o restante da Europa. Em sua opinião, o bloco está mais resistente a eventual saída de um de seus membros do que dois anos atrás.
“Seria muito pior para a Grécia, especialmente para os cidadãos menos abastados, do que para Europa como um todo, se o país tivesse que deixar a Zona do Euro”, disse o comissário. Para ele, seria melhor se a Grécia arranjasse uma solução para seu impasse político e “tomasse as decisões necessárias” para ficar dentro da região.
Quanto ao debate sobre estímulos ao crescimento econômico na Europa, Rehn advertiu que os estados não podem superar a crise de dívida acumulando novos débitos em cima dos antigos. “Não há nenhum motivo para relaxarmos a consolidação fiscal”, declarou.
Recado – O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, avisou que a ajuda da União Europeia à Grécia pode ser suspensa caso o país não cumpra com os compromissos firmados. Em declarações publicadas neste sábado pelo jornal alemão Die Welt, ele diz que a Alemanha deseja que a Grécia consiga formar um governo de coalização e se reerguer. Os temores invadiram a Zona do Euro após as eleições de domingo passado porque os partidos favoráveis às medidas de austeridade não conquistaram maioria para formar o governo.
(com Agência Estado)