Após as sanções financeiras terem deixado a Rússia isolada do mundo financeiramente e com uma espécie de contragolpe do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que inflamou o discurso contra as moedas estrangeiras e exigir a aceitação do rublo por parte de outras nações, o país não teve outra saída a não ser ceder e se curvar ao dólar para evitar um calote.
O país usou suas reservas domésticas em dólares para fazer pagamentos que somaram 650 milhões de dólares, destinando 564,8 milhões de dólares para um título com vencimento em 2022, e 84,4 milhões de dólares para um título com vencimento em 2042.
O país tentava realizar esses pagamentos em rublos, violando os termos da dívida. Por isso, entraram em um período de carência de 30 dias. O prazo se encerraria em 4 de maio, quando poderia ser declarado o calote. A Rússia não deixa de pagar a dívida externa desde 1917, período da Revolução de Outubro, que levaria à criação da União Soviética. Embora o país enfrente grandes dificuldades para realizar os pagamentos devido às sanções aplicadas pelos países ocidentais, a presidente do Banco Central russo, Elvira Nabioullina, disse que o país não pode considerar um default.