As reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras caíram 20% em 2015 em comparação com o ano anterior, para 13,27 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), informou a empresa nesta sexta-feira, em comunicado. O volume de reservas representa 14,2 anos de produção da companhia, ou 14,6 anos de produção se considerados apenas os poços no Brasil, segundo os critérios da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Society of Petroleum Engineers (SPE).
A Petrobras disse que a maior parte da redução de reservas, ou 2,4 bilhões de boe, deve-se a revisões realizadas em 2015 com base em critérios econômicos e técnicos, como características dos reservatórios, e a vendas de ativos. Os desinvestimentos foram realizados em reservas na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e na Bacia Austral, na Argentina, segundo a estatal. O volume reduzido por desinvestimentos e revisões representa 2,58 vezes a produção anual.
O índice de desenvolvimento, que é a relação entre reservas provadas desenvolvidas e reservas provadas, foi de 44,5% em 2015.
De acordo com critérios da Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador das bolsas americanas, as reservas provadas somaram 10,51 bilhões de barris de óleo equivalente, abaixo dos 13,14 bilhões de2014, incluindo as reservas de xisto. A principal diferença entre os critérios ANP/SPE e os da SEC são os preços do petróleo no cálculo da viabilidade econômica das reservas.
Segundo os critérios da SEC, as reservas representam 11,3 anos de produção, ou 11,5 anos da produção em território brasileiro. O índice de desenvolvimento, relação entre as reservas provadas e desenvolvidas e as reservas provadas, foi de 51,1% em 2015 pelos mesmos parâmetros.
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(Com Reuters)