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Problemas logísticos travam comércio entre Brasil e vizinhos

CNI estima que, por ano, cerca de US$ 1,5 bilhão em produtos manufaturados deixa de entrar na conta de comércio devido às péssimas condições de infraestrutura

Por Da Redação
2 mar 2016, 09h57
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  • A precariedade da malha de transporte nacional tem comprometido o potencial de exportação do Brasil com nove de seus 11 parceiros comerciais na América do Sul. Por ano, cerca de 1,5 bilhão de dólares em produtos manufaturados, como carros, têxteis e alimentos, deixa de entrar na conta de comércio com os países vizinhos por causa das péssimas condições de infraestrutura, seja em rodovias, portos ou ferrovias.

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    Os estragos que esses gargalos logísticos causam na exportação nacional foram captados em um novo estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O relatório ‘Desafios para a Integração Logística na América do Sul’ calculou quanto do potencial exportador do Brasil tem sido frustrado pelas dificuldades de transporte. O cenário levou em conta a distância em relação a cada país sul-americano, o volume de produtos escoados por cada modal de transporte e o tamanho de seus mercados.

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    Os dados mostram que as exportações para a Argentina, o principal parceiro comercial do Brasil na região, têm hoje desempenho 7% inferior à sua real capacidade por conta das rotas deterioradas de acesso entre os dois países. No Peru e na Colômbia, essa frustração é de 5% do potencial pleno. A lista segue com Venezuela (4%), Chile (3%), Suriname (2%), Guiana, Paraguai e Uruguai, esses três últimos com restrição de 1% em seus desembarques potenciais. Apenas Bolívia e Equador não apresentaram alterações.

    “É um cenário preocupante e que ainda não foi efetivamente atacado pelo governo. Priorizar projetos de infraestrutura para essa região é vital. Os países sul-americanos se tornam o destino de 16% das exportações brasileiras. Isso exige um tratamento mais pragmático e menos político”, afirma Matheus Castro, especialista em política e indústria da CNI.

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    O relatório, que também se baseou em entrevistas realizadas com grandes empresas exportadoras para a região, apontou que, depois de barreiras tarifárias e burocracia alfandegária, as limitações de transporte são mencionadas como maior obstáculo para ampliar as exportações.

    Em 2010, o recém criado Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan), órgão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), estabeleceu uma lista de 31 projetos prioritários para melhorar a interligação entre os países da região, um pacote de obras estimado em 21 bilhões de dólares. Seis anos depois, nenhum empreendimento da lista foi concluído. Atualmente, 15 estariam em �fase de execução� e 16 sequer tiveram início.

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    Os dados apontam que, até dezembro de 2014, foram investidos 951 milhões de dólares nos projetos, apenas 4,5% do total previsto no lançamento do projeto.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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