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Copom deve manter Selic a 14,25% nesta quarta-feira

Investidores não têm dúvidas quanto à manutenção da taxa Selic nos atuais 14,25% ao ano, mas é grande a expectativa em relação ao placar da votação e ao teor do comunicado do comitê

Por Da Redação
2 mar 2016, 08h18

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve deixar a taxa básica de juros inalterada pela quinta vez seguida, em 14,25% ao ano, após reunião que termina nesta quarta-feira. Sem expectativas de surpresas, as atenções dos investidores se voltam para o teor do comunicado que se seguirá à decisão e ao placar da votação.

Em janeiro, o ingrediente novo colocado à mesa do colegiado foi a piora do cenário externo. “Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, e considerando a elevação das incertezas domésticas e, principalmente, externas, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano por seis votos a favor e dois votos pela elevação da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual”, trouxe o comunicado da cúpula do BC.

O principal motivo que mantém os diretores dissidentes é a alta das expectativas da inflação, que vem sendo crescente desde o início do ano. Na segunda-feira, no entanto, o Relatório de Mercado Focus trouxe um pequeno alívio dessas projeções. Mas a nova taxa prevista para o IPCA de janeiro (7,57%) segue bem acima do teto da meta, de 6,50%, e ainda não se sabe se esta redução será uma tendência para as próximas divulgações do indicador. A dúvida que paira agora é se esse respiro será suficiente para fazer com que eles cedam de suas posições e engrossem a votação majoritária ou se ainda vão aguardar novos indicadores.

O cenário internacional, por sua vez, segue nebuloso. Na reunião passada, o ponto principal em discussão foi o da suspeita de que o Brasil poderá receber uma onda desinflacionária oriunda da fragilidade econômica mundial.

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Apesar disso, análises paralelas sugeriam que possa ter ocorrido uma ingerência política do Planalto sobre o BC, que vinha sinalizando pela alta dos juros até então. Mais tarde, a avaliação de que o mundo está realmente em crise começou a chegar no mercado financeiro e instituições de peso começaram a revisar para baixo suas estimativas para a Selic. Muitas delas chegaram a prever queda da taxa básica de juros ainda este ano.

Numa resposta orquestrada do BC para esse movimento, há duas semanas, o presidente e dois diretores vieram falar – alguns de forma mais clara – que o cenário do BC não contempla queda dos juros para levar a inflação ao centro da meta no ano que vem. O principal ponto foi justamente a alta das expectativas inflacionárias, que não autorizaria um movimento nesse sentido.

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(Com Estadão Conteúdo)

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