(Atualizada às 10h)
O IBC-Br, considerado um sinalizador do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,59% no terceiro trimestre deste ano, o que, se for confirmado, mostra que a economia brasileira saiu do quadro de recessão técnica registrado no segundo trimestre deste ano. Na comparação entre agosto e setembro, o crescimento foi de 0,4%. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, contudo, a alta foi bem menos expressiva, de apenas 0,01%.
Na comparação entre setembro deste ano com o mesmo mês de 2013, o indicador, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, apresentou queda de 0,24%. Em 12 meses até setembro, a prévia do PIB mostra crescimento de 0,6%. Na mesma base de comparação, em agosto, havia mostrado avanço de 0,93%, em dados dessazonalizados revisados pelo BC.
Apesar dos melhores números trazidos pelo indicador, a economia brasileira não consegue mostrar sinais mais consistentes de aceleração. Em setembro, a produção industrial interrompeu dois meses seguidos de alta, ao mesmo tempo em que o varejo desacelerava a expansão.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
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A economia brasileira entrou no que especialistas chamam de recessão técnica, quando o PIB recua por dois trimestres consecutivos, como aconteceu no primeiro período do ano (queda de 0,2%) e no segundo trimestre (recuo de 0,6%).
As perspectivas para o ano cheio também não são das melhores. O último relatório Focus, que ouve dezenas de economistas, mostrou uma expectativa de crescimento muito baixo para o PIB em 2014, de apenas 0,21%. Para 2015, a estimativa média é de crescimento de 0,80%.
(Com agência Reuters)
PIB do 2º trimestre, por setores
IBGE