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Presidente do Barclays renuncia para tentar abafar escândalo de taxas

O presidente do Barclays, Marcus Agius, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia, em uma tentativa de abafar o escândalo sobre a manipulação das taxas interbancárias Libor e Euribor por este banco britânico, cuja reputação sofreu, segundo ele, um golpe devastador. O banco prevê fazer uma auditoria sobre estas práticas, que deve resultar em um relatório público […]

Por Por Julien Mivielle
2 jul 2012, 13h04
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  • O presidente do Barclays, Marcus Agius, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia, em uma tentativa de abafar o escândalo sobre a manipulação das taxas interbancárias Libor e Euribor por este banco britânico, cuja reputação sofreu, segundo ele, um golpe devastador.

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    O banco prevê fazer uma auditoria sobre estas práticas, que deve resultar em um relatório público e na publicação de um novo código de conduta para seus funcionários.

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    Agius, que preside o conselho de administração há quase seis anos, permanecerá no cargo até que seja encontrado um substituto, informou a instituição.

    “Os acontecimentos da semana passada colocaram em evidência comportamentos inaceitáveis no banco e aplicaram um golpe devastador na reputação da Barclays”, afirmou.

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    Agius também pediu demissão de seu cargo como presidente da influente Associação de Banqueiros Britânicos (BBA).

    Na quarta-feira, o Barclays anunciou que pagaria 290 milhões de libras – aproximadamente 450 milhões de dólares – para encerrar as investigações das autoridades britânicas e americanas sobre tentativas de manipulação das taxas interbancárias Libor e Euribor.

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    Essas taxas definem o preço ao qual os bancos emprestam dinheiro, mas também indiretamente os preços dos créditos para as famílias e as empresas.

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    Este caso teve uma grande repercussão na Grã-Bretanha e o diretor-geral do Barclays, o norte-americano Bob Diamond, está convocado para comparecer na próxima quarta-feira perante uma comissão parlamentar britânica para dar explicações e informar o que sabia destas práticas.

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    Este executivo americano, muito impopular porque se converteu no símbolo dos excessos das finanças da Grã-Bretanha, segue sob pressão depois da renúncia de Agius.

    O líder da oposição trabalhista britânica, Ed Miliband, afirmou nesta segunda-feira que é necessária uma mudança de direção mais ampla, incluindo do diretor-geral, Bob Diamond, que “era responsável pela área do Barclays onde ocorreram estes escândalos há vários anos”.

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    No último fim de semana, várias personalidades exigiram na Grã-Bretanha que a lei seja mais severa para que os banqueiros sem escrúpulos respondam por seus atos perante a justiça.

    O governo já anunciou no sábado que o funcionamento do Libor será analisado por uma instância independente.

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    Contudo, é muito provável que o escândalo não fique restrito a ele e se estenda a outros bancos, já que foram abertas investigações em vários continentes pela eventual manipulação das taxas Libor (britânica) e Euribor (europeia).

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    O vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, afirmou que “todos se perguntam quando assumiram suas responsabilidades os outros dirigentes do Barclays pelo que ocorreu sob sua supervisão”.

    No final de semana passado, várias personalidades exigiram na Grã-Bretanha que a lei seja mais severa para que os banqueiros sem escrúpulos respondam por seus atos ante a justiça.

    O governo já anunciou no sábado que o funcionamento do Libor será analisado por uma instância independente.

    O britânico Royal Bank of Scotland (RBS), alvo destas investigações, tirou quatro de seus traders no fim de 2011 por seu suposto envolvimento em manipulações.

    Este novo caso aumenta a impopularidade do setor bancário britânico, regularmente criticado pelos astronômicos prêmios que paga aos seus dirigentes e que já foi considerado culpado por vários descumprimentos.

    O último deles foi revelado na última sexta-feira. A autoridade dos mercados financeiros descobriu as más práticas de quatro grandes bancos do país na comercialização de produtos financeiros mais ou menos complexos a pequenas e médias empresas.

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