Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Projeção do FMI para o Brasil vai na contramão da economia global

Enquanto a instituição cortou previsão do PIB mundial, Brasil teve revisão para cima, de 0,3% para 0,8%, aproveitando o ciclo das commodities

Por Renan Monteiro
Atualizado em 19 abr 2022, 13h39 - Publicado em 19 abr 2022, 11h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Na esteira do avanço do coronavírus na China e dos poucos sinais de contenção da guerra na Ucrânia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu de 4,4% para  3,6% as projeções de crescimento mundial em 2022. Em contrapartida, as perspectivas para os países exportadores de commodity, como o Brasil, foram revisadas para cima. A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é de 0,8% neste ano, acima dos 0,3% projetados no início de 2022.

    Publicidade

    O aumento nos preços no mercado de commodities gerou um contrapeso para o Brasil, que apresentou crescimento de 11,3% da inflação em março, no acúmulo de 12 meses. Considerando toda a América Latina, o relatório do FMI espera um crescimento moderado de 2,5% durante o biênio 2022-23. “O Brasil respondeu à alta da inflação aumentando a taxa básica de juro ao longo do ano passado, o que pesará sobre a demanda doméstica. Em menor grau, este também é o caso do México’’, aponta o documento. As baixas previsões para os Estados Unidos e a China também pesam sobre as perspectivas para os parceiros comerciais na América Latina.

    Publicidade

    Há um ano, no contexto anterior à Guerra na Ucrânia e com a expectativa da vacinação para levar ao fim da pandemia, a estimativa de crescimento para o Brasil era de 2,6% para o ano de 2022. Hoje, a previsão é de pouco menos de um terço do que foi projetado em abril de 2021. “Nesse momento, a projeção do FMI está em linha com a projeção feita no mercado brasileiro. Contudo, isso não é um motivo de comemoração. Países emergentes como México, Índia e África do Sul, estão com previsão de crescimento melhores que o Brasil’’, avalia Henrique Castro, professor da Escola de Economia da FGV-SP. 

    Para o economista, a principal variável para o país atender a expectativa de crescimento para 2022 é o controle da inflação. ‘’O ideal seria um cenário em que as incertezas com relação à guerra diminuam e que os preços de combustíveis e commodities que impactam os preços de alimentos também diminuam. Assim o Branco Central pode reduzir a taxa de juros, que, quando elevada, prejudica a recuperação econômica”, explica.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.