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PIB: queda forte, mas ‘menos pior’ que 2015, dizem especialistas

Resultados menos negativos que no ano passado na indústria e nos investimentos sinalizam que o pior pode ter passado

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 mar 2017, 16h40 - Publicado em 7 mar 2017, 16h39
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  • A análise dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, divulgado pelo IBGE nesta terça-feira, mostra que o país passa por sua pior crise econômica. A produção nacional caiu pela segunda vez consecutiva em um ano (-3,6%) e a redução atingiu todos os setores. Embora o resultado anual veio um pouco pior que previam os economistas consultados pelo Boletim Focus (de -3,49%), uma retração grande já era esperada. Se os resultados em geral são ruins, o desempenho da indústria e dos investimentos menos negativos que em 2015 dão algum alento.

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    O setor industrial recuou 3,8% no ano em 2016, mas havia caído 6,2% em 2015. Dentre os segmentos desse grupo, também tiveram rombos menores a indústria da transformação (de -10,4% para -5,2%) e a construção (de -6,5% para -5,2%). Enquanto o primeiro ramo é ligado diretamente à produção de bens, o segundo tem forte impacto no emprego e demanda muitos insumos, movimentando a economia. “É triste ficar comemorando resultado negativo, mas antes de ficar positivo, tem quer que ficar menos negativo”, avalia Claudio Considera, coordenador do núcleo de contas nacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV).

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    Em relação a investimentos, a queda vista neste ano e nos anteriores é muito expressiva, mas a redução no ritmo tanto anual (de -13,9% para -10,2%) como na comparação entre trimestres (-2,5% no terceiro para -1,6% no quarto) sinaliza que a incerteza está diminuindo. Porém, ainda deve demorar para que as empresas voltem a investir, por causa de fatores como a alta ociosidade nas indústrias, endividamento elevado e incertezas. “O empresário que vai investir precisa de um horizonte claro e, hoje em dia, ele está nublado”, diz Guilherme Attuy, economista da corretora XP Investimentos.

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    Agricultura e Serviços

    A queda de 6,6% na agropecuária foi a maior dentre os setores, mas seu efeito é menos preocupante por causa da baixa participação no PIB, e pelas perspectivas de recuperação após uma safra recorde prevista para 2017. Já o setor de serviços, responsável por dois terços da economia no país, deve demorar mais a se recuperar, pois depende também da recuperação da indústria e do emprego – e o desemprego ainda deve aumentar ao longo do ano.

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    Para Gesner Oliveira, da GO Associados, as condições do consumo e da agricultura permitem que haja uma recuperação em 2017. O que é necessário, para uma retomada mais consistente, são reformas como a tributária e a trabalhista – para aumentar a produtividade nacional. “Estamos vendo uma recuperação modesta e tímida, pela condição da economia mundial e pela ociosidade. Mas as condições para o ano estão dadas, com perspectiva de inflação e juros menores e safra recorde.”

    O quê é o PIB

    O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todas as riquezas produzidas no país e serve de indicador da atividade econômica. Também é usado como referência para o reajuste do salário mínimo e para contas do governo, como no Orçamento e arrecadação. Ele é calculado a cada três meses pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para chegar ao total, o IBGE faz as contas usando dois métodos, que têm que dar o mesmo resultado: pela produção e pela demanda. No lado da produção, considera-se o quê foi feito nos setores agropecuária, indústria e serviços. Pelo consumo, entram os gastos das famílias, do governo, os investimentos realizados pelas empresas, exportações e importações.

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