A Bolsa de Valores opera em alta na tarde desta segunda-feira, seguindo o ritmo positivo da abertura. O tom otimista foi ditado pelo resultado do Produto Interno Bruto (PIB) chinês que, apesar de ter mostrado que a segunda maior economia do mundo cresceu menos no segundo trimestre deste ano, veio em linha com a expectativa do mercado. Às 14h43 (Brasília) o Ibovespa subia 2,10%, aos 46.489 pontos.
O PIB da China mostrou expansão de 7,5% no segundo trimestre deste ano, confirmando as previsões, mas desacelerou em relação à expansão de 7,7% verificada nos três primeiros meses de 2013. Foi o quinto trimestre consecutivo em que o crescimento chinês ficou abaixo de 8% e a nona vez, nos últimos dez trimestres, em que houve desaceleração da atividade. A Bolsa de Xangai fechou em alta de 1% e as ações de mineradoras figuram entre os destaques de alta nas praças europeias.
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Para a equipe do Bradesco, “esse resultado reforça a perda gradual de ritmo pelo qual a economia chinesa vem passando” e amplia as chances de confirmar a expectativa do banco de alta do PIB de 7,3% em 2013. De fato, os números chineses de junho mostraram desaceleração da indústria acompanhada de arrefecimento nos investimentos em ativos fixos não rurais, embora as vendas no varejo tenham avançado pelo quinto mês seguido.
Já nos Estados Unidos, o comércio varejista registrou alta de 0,4% em junho, abaixo da previsão de crescimento de 0,8%, e com revisão (de 0,6% para 0,5%) das vendas do varejo em maio.
Empresas X – As empresas de Eike Batista têm comportamento diverso no pregão desta segunda. Às 15h44, a MMX acumulava alta de 14,53%, cotada a 1,34 real, a OGX subia 11,63%, a 48 centavos, e as ações da LLX também permaneciam no território positivo, subindo 9,09%, a 72 centavos. Já a MPX tinha queda de 2,19%, a 7,14 reais.
Câmbio – Depois de abrir o dia em alta – 2,2710 reais – e ter sessão volátil na manhã desta segunda-feira, o dólar opera em queda durante a tarde. Por volta das 15h43, a moeda norte-americana recuava 1,29%, cotada a 2,237 reais. “O dólar tende a ficar estável ou em alta, pois a tendência ainda é de o dólar se fortalecer ante o real”, disse o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa.
Os investidores estão atentos esta semana ao testemunho que o presidente do BC norte-americano, Benjamin Bernanke, dará no Congresso na quarta-feira. Na quinta-feira, o presidente do Fed fala ao Comitê Bancário do Senado. Ainda na agenda da semana está a reunião dos ministros de Finanças e representantes de bancos centrais do G-20, na sexta-feira e sábado, em Moscou.
A medida adotada pelo BC brasileiro na semana passada, que altera o requerimento de capital para exposição de bancos à variação cambial, não deve influenciar no câmbio, avalia Côrrea. “Isso é uma medida para o médio prazo”, afirma.
(com Estadão Conteúdo)