A norte-americana do setor farmacêutico Pfizer elevou nesta sexta-feira sua oferta pela AstraZeneca para 50 libras (84 dólares) por ação, o que daria cerca de 63 bilhões de libras (106 bilhões de dólares). A proposta anterior era de 58,8 bilhões de libras (99 bilhões de dólares), mas os investidores da companhia britânica afirmaram que só negociariam por, pelo menos, 50 libras por papel. Outra exigência seria o pagamento em dinheiro de uma parte maior. Inicialmente a Pfizer sugeriu pagar 30% em dinheiro e 70% em ações, mas agora atualizou a oferta para 32% e 68%.
Contudo, as novas condições não convenceram os acionistas da AstraZeneca e seu Conselho de Administração rejeitou a proposta “sem nenhuma hesitação”. Segundo ele, a Pfizer “subavaliou substancialmente a companhia”. Se acertado, o acordo criaria o maior grupo farmacêutico do mundo.
O interesse da Pfizer na AstraZeneca, que ocorre em meio a uma onda de negócios na indústria farmacêutica, aumentaria a linha de remédios contra o câncer, cortaria a taxa de impostos e criaria significativas economias de custo para a empresa norte-americana.
Desde janeiro a Pfizer tenta um acordo com a AstraZeneca. Alguns analistas estão convencidos de que a Pfizer aumentará sua oferta novamente, já que a empresa deseja fechar o negócio antes de qualquer possível mudança nas regras fiscais dos Estados Unidos.
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Setor – Na semana passada, a farmacêutica suíça Novartis e o grupo britânico GlaxoSmithKline (GSK) anunciaram um acordo bilionário para reestruturar suas operações, que envolve troca de ativos e criação de uma empresa em conjunto na área de consumo. Enquanto a Novartis vai comprar a unidade de oncologia da GSK por 16 bilhões de dólares, esta, por sua vez, vai adquirir a divisão de vacinas da Novartis por aproximadamente 7,1 bilhões de dólares. Além disso, será criada uma joint-venture para combinar suas divisões de consumo das duas empresas.
(com agência Reuters)