A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirma que a estatal não tem atrasado pagamentos a fornecedores ou prestadores de serviço. A reclamação, que aumentou nas últimas semanas, é que a Petrobras tem adotado uma política de redução de custos para diminuir os prejuízos do ano passado e deixado os fornecedores sem pagamento. “Eventualmente, as contratadas apresentam pleitos adicionais, que não representam a existência de dívida por parte da companhia”, disse Graça Foster em entrevista ao site Petronotícias. “Os pleitos são avaliados técnica e juridicamente e, após a conclusão do processo, a negociação é submetida à aprovação.”
Apesar da queda de 33% do lucro líquido no ano passado (de 33,3 bilhões de reais em 2011 para 21,2 bilhões de reais em 2012), a presidente da Petrobras rechaça qualquer tipo de preocupação com a capacidade financeira da empresa. “As contas da Petrobrás estão equilibradas”, afirma ela. “Encerramos o ano com um saldo de caixa bastante elevado, de 48 bilhões de reais.” Segundo Graça Foster, os planos de investimento da empresa estão garantidos, da exploração à pesquisa e desenvolvimento.
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Graça Foster, porém, evitou falar do reajuste de combustível. A defasagem média de 7% no preço da gasolina foi reduzida com o aumento de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o óleo diesel nas refinarias em janeiro. No entanto, o reajuste não elimina toda a defasagem acumulada pela companhia. A manipulação do preço do combustível serviu para o governo federal controlar a alta da inflação nos últimos anos e, em 2012, comprometeu o resultado financeiro da empresa com o aumento das importações. “A convergência dos preços domésticos com os preços internacionais é importante no médio e longo prazo, pois é uma das variáveis que favorecem a maior capacidade de investimento da companhia”, diz a presidente, que completou um ano à frente da Petrobras no dia 13 de fevereiro.