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Reajustes de combustíveis da Petrobras não eliminam defasagem

Declaração foi da presidente da estatal, Graça Foster, nesta terça, em uma apresentação no Rio de Janeiro

Por Da Redação
5 fev 2013, 11h09

Os reajustes dos preços de combustíveis da Petrobras não foram suficientes para eliminar a defasagem com o mercado internacional, disse a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, nesta terça-feira, em uma apresentação no Rio de Janeiro, para comentar os resultados de 2012.

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Na segunda-feira, a estatal divulgou os resultados de 2012 – e confirmou os temores dos investidores. O lucro líquido de 21,2 bilhões de reais no ano passado foi 36% menor do que os 33,3 bilhões de reais de 2011. O resultado de 2012 é o menor desde 2004, quando a empresa registrou lucro líquido de 17,8 bilhões de reais, segundo levantamento da consultoria Economatica.

O maior problema da Petrobras é o controle de preços praticado pelo governo federal sobre os combustíveis. No ano passado, o governo ignorou a diferença entre os preços praticados no Brasil e no mercado internacional e não autorizou nenhum reajuste. O motivo principal era evitar uma pressão sobre os índices de inflação. Mesmo assim, foi preciso uma mudança na metodologia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para a inflação encerrar 2012 em 5,84%, dentro da meta estabelecida pelo Banco Central.

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No início do ano, o Planalto assumiu que havia uma defasagem de aproximadamente 7% no preço da gasolina. Para evitar perdas maiores para a companhia neste ano, a gasolina foi reajustada em 6,6% e o diesel em 5,4% nas refinarias na semana passada. “A continuidade da política de preços prejudicou demais a empresa e a ação da Petrobras. O aumento de preços anunciado foi positivo, mas o porcentual é insuficiente para ‘zerar’ a diferença com o mercado externo”, afirmou Luiz Caetano, analista da corretora Planner em relatório sobre a empresa.

O desempenho financeiro da Petrobras foi variado ao longo de 2012. No primeiro trimestre, o lucro foi de 9,2 bilhões de reais. No trimestre seguinte, a empresa registrou prejuízo de 1,3 bilhão de reais, mas voltou a lucrar no terceiro trimestre: 5,6 bilhões. No quarto trimestre, o lucro líquido de 7,7 bilhões de reais foi 53% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

O aumento do preço nas refinarias deve equilibrar novamente as contas da Petrobras – Graça Foster esperava um reajuste de 6%, que foi confirmado na semana passada. Mas a presidente da Petrobras tem um outro problema para resolver este ano: um provável prejuízo de 1 bilhão de dólares com um negócio mal realizado em 2005.

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