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Patrocínio da TelexFree ao Botafogo foi surpresa negativa, diz Guaraviton

Fabricante de bebidas é a principal patrocinadora do clube e não quer ter seu nome associado a uma empresa investigada pela Justiça

Por Talita Fernandes
10 jan 2014, 14h02
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  • A Viton 44 – que fabrica as bebidas Guaravita e Guaraviton -, não aceitou com tranquilidade a entrada da TelexFree como nova patrocinadora do Botafogo. A fabricante de tem a maior cota de patrocínio do clube e sua marca está estampada na parte superior da camisa. Em entrevista ao site de VEJA, o diretor comercial da empresa, Neville Proa, afirmou que a decisão do Botafogo de fechar a parceria com uma companhia que é investigada pela Justiça brasileira não foi bem aceita. “Esse assunto foi uma surpresa negativa. Eu não posso estar no mesmo veículo que uma empresa que, praticamente, é alienada do mercado”, disse o executivo.

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    Proa disse ainda que sua empresa já é alvo de repercussão negativa. Distribuidores estão entrando em contato com a Viton 44 para questionar o patrocínio. A empresa assinou com o Botafogo há quatro anos e não participou das negociações com a TelexFree. O diretor não quis afirmar se considera rescindir o contrato de patrocínio do clube em 2014, que foi firmado apenas dois dias antes do anúncio do patrocínio da TelexFree. Proa não quis confirmar o valor que será investido no clube, mas estimativas apontam para algo em torno de 25 milhões de reais.

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    A Viton 44 também enviou uma nota oficial à imprensa dando explicações. “Soubemos da investigação sobre ela aqui no Brasil somente através da imprensa. Em nenhum momento participamos ou fomos consultados sobre esta negociação. A Viton é uma empresa transparente e esperamos que nossa marca Guaraviton, líder no segmento de bebidas naturais, construída através de anos de trabalho e muita dedicação, fique bem distinta de qualquer empresa que esteja sob investigação por praticar atividades suspeitas”, informa a nota.

    Como a TelexFree está proibida de atuar no mercado brasileiro, a parceria foi firmada em Miami com a subsidiária da empresa nos Estados Unidos, onde a operação é permitida. Procurado pelo site de VEJA, o Botafogo não se manifestou até o fechamento desta matéria.

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    Investigação – A operação da TelexFree no Brasil foi bloqueada em junho do ano passado, após uma força-tarefa de Ministérios Públicos apurar irregularidades em inúmeras empresas que praticam o chamado “marketing multinível”, que consiste na remuneração dos vendedores com base não só na venda direta de produtos, mas também na quantidade de novos vendedores que conseguem trazer para a empresa. No caso da TelexFree, os vendedores são chamados de divulgadores.

    A empresa alega que comercializa, tanto no Brasil quanto no exterior, um sistema de telefonia via internet, de tecnologia Voip (Voice Over Internet Protocol). O problema detectado pelo Ministério Público é que a maior parte da receita da empresa não é proveniente da venda de produtos, e sim do fato de os “divulgadores” investirem dinheiro no negócio sem ao menos vender qualquer tipo de plano Voip. Ao longo de 2013, o site de VEJA conversou com diversos divulgadores que sequer haviam usado o sistema Voip. Seu trabalho consistia em investir na empresa e passar o dia postando mensagens em sites da internet e redes sociais chamando novas pessoas para aderir à TelexFree. “O dinheiro dos novos entrantes era direcionado para pagar o lucro dos que entraram primeiro, daí o nome de pirâmide. Esse tipo de negócio é insustentável no longo prazo”, explicou o procurador Hélio Telho, do MP de Goiás.

    Até o momento, o MP tenta um acordo com a TelexFree para fazer com que a empresa concorde em usar o dinheiro bloqueado para ressarcir os divulgadores que ficaram com suas economias “presas” na empresa. Estima-se que mais de 600 milhões de reais estejam sob bloqueio e mais de 1 milhão de divulgadores tenham sido lesados.

    Entenda por que as pirâmides financeiras são insustentáveis

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