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O que os dados do emprego americano dizem sobre o dólar

Payroll mostra a criação de 194 mil empregos nos EUA, bastante inferior às expectativas; FED pode adiar a retirada de estímulos

Por Luisa Purchio Atualizado em 8 out 2021, 17h13 - Publicado em 8 out 2021, 10h31
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  • Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central dos EUA -
    EXPECTATIVA Agora o mercado aguarda o próximo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, sobre o chamado tapering (Federal Reserve/Divulgação)

    A criação de empregos nos Estados Unidos em setembro, dada pelo índice do Payroll, veio bastante inferior às expectativas dos analistas do mercado. No mês passado foram criadas 194 mil vagas de trabalho, menos da metade da estimativa feita pelos economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam 500 mil vagas. O dado também é inferior ao número de agosto, quando foram criadas 366 mil vagas de acordo com o dado revisado. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, 8, pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (BLS, na sigla em inglês).

    O Payroll é um número bastante esperado pelo mercado financeiro, por indicar a temperatura da principal economia do mundo, mas esta edição especificamente pode ser considerada das mais aguardados por indicar o caminho do rendimento dos títulos públicos americanos e a força do dólar. Na sua última ata, o Federal Reserve Bank indicou que diminuiria em breve o programa de compra de títulos públicos. O chamado tapering é previsto pelo mercado para a próxima reunião do comitê de política monetária americano.

    Com os resultados, a alta de juros estava prevista pelo mercado para o terceiro ou quarto trimestre de 2022 e seu adiamento pode tirar a pressão sobre o dólar. “Pelo que estamos vendo no mercado, a expectativa não mudou com relação ao tapering em novembro. Porém, a expectativa da alta de juros para o ano que vem pode acabar mudando com um avanço mais lento do mercado de trabalho”, diz Victor Beyruti, analista da Guide Investimentos.

    O DXY, o índice que mede a força do dólar na economia em relação a uma cesta de moedas, principalmente o euro, está bastante pressionado e, na semana passada, ultrapassou o patamar dos 94, o que não ocorria desde outubro de 2020. Após a divulgação do Payroll, no entanto, caía 0,19%. Já a expectativa sobre o tapering, junto com a inflação no país, estava pressionando para cima o rendimento dos títulos americanos de 10 anos, o que se manteve após a divulgação dos dados. Por volta das 10h30 no horário de Brasília, o chamado yield, o ganho com juros, tinha alta de 0,25%.

    Resultado

    Os números decepcionaram ainda mais depois da divulgação da prévia do Payroll pelo ADP Research Institute, que estimou um saldo mais positivo de empregos para o mês de setembro. A taxa de desemprego no país, por sua vez, caiu 0,4 pontos percentuais e atingiu 4,8%, o patamar mais baixo desde o início da pandemia, mas ainda acima dos 3,5% em fevereiro de 2020. “Notáveis ganhos de emprego ocorreram em lazer e hotelaria, em serviços profissionais e empresariais, no comércio varejista e em transporte e armazenagem. O emprego na educação pública diminuiu ao longo do mês”, disse o BLS em nota.

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