Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

O que está em jogo na negociação para evitar a greve dos Correios

Proposta de acordo do TST prevê reposição salarial pela inflação e manutenção de cláusulas do acordo coletivo — que define os benefícios

Por Redação
Atualizado em 8 ago 2018, 08h58 - Publicado em 8 ago 2018, 08h54
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Funcionários dos Correios ameaçavam entrar em greve a partir desta quarta-feira (8) em todo o país. Mas a categoria decidiu em assembleias realizadas na noite de ontem esperar até o dia 14 para avaliar novamente o início da paralisação.

    O que mudou o rumo do protesto foi a proposta de conciliação apresentada ontem pelo vice-presidente Tribunal Superior do Trabalho (TST), Renato de Lacerda Paiva. A proposta prevê reposição salarial pela inflação e manutenção de cláusulas do acordo coletivo.

    Com a proposta do TST, o reajuste ficaria em 3,68%, maior que os 2,21% oferecidos pelos Correios. Os trabalhadores pediam um aumento de 5% a 8%. A manutenção das cláusulas do acordo garante benefícios que corriam o risco de serem extintos, como pagamento do vale-alimentação durante a licença médica por acidente de trabalho e do vale-cultura.

    Mas um dos itens considerados cruciais pelos funcionários dos Correios é o fim da cobrança da mensalidade dos planos de saúde. Segundo as duas federações da categoria — Findect e Fentect — a cobrança do plano de saúde causará uma perda salarial de até 70% para os trabalhadores.

    Em nota, as duas federações afirmam que devem procurar o ministro do TST até o dia 14 para “avançar na proposta apresentada […] no tocante ao plano de saúde, uma vez que ele manifestou sensibilidade quanto à perda salarial, pessoal e familiar, que estão sofrendo os ecetistas após implantação da mensalidade em cima do salário bruto”.

    Continua após a publicidade

    O problema é que a proposta do TST não trata da questão do plano de saúde. Foi o próprio TST que decidiu em março deste ano que os funcionários dos Correios deveriam passar a pagar uma mensalidade. Segundo os sindicatos da categoria, mais de 14.000 funcionários saíram do plano por não conseguirem arcar com a mensalidade.

    Hoje, os Correios têm 108.000 empregados, mas paga as despesas médicas de 400.000 pessoas. Além dos 32.000 aposentados, também são cobertos pelo plano de saúde filhos, cônjuges e pais dos trabalhadores. Atualmente, os custos do plano de saúde para a empresa geram uma despesa da ordem de 1,8 bilhão de reais ao ano.

    Em nota, as federações de trabalhadores dos Correios dizem que a proposta do TST precisa ser melhor analisada e por isso adiaram a deflagração da greve.

    Continua após a publicidade

    A proposta do TST dá aos funcionários dos Correios prazo até esta quinta-feira (9) para aceitação. A proposta perde a vigência caso os trabalhadores optem pela greve da categoria ao longo deste período. E define que os Correios têm até sexta (10) para se manifestar.

    A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos informou em nota ontem que aguardava a aprovação da proposta do TST pelas assembleias para assinar o acordo coletivo da categoria.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.