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O modelo social europeu acabou, diz Mario Draghi

Em entrevista ao "The Wall Street Journal", presidente do Banco Central Europeu defende reformas e afirma ter fé na recuperação da Grécia

Por Da Redação
23 fev 2012, 17h07
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  • Entrevistado por três repórteres do The Wall Street Journal para a edição on-line desta quinta-feira, o italiano Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), não economizou argumentos para defender o plano de austeridade exigido pela União Europeia (UE) em troca do novo aporte financeiro à Grécia. Na avaliação de Draghi, as medidas severas que o país terá de adotar para reduzir seu endividamento nos próximos anos – e que geram tantas desavenças em Atenas – são necessárias e, no médio prazo, serão revertidas em crescimento econômico.

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    Presidente do BCE desde o final de 2011, Draghi é conhecido por seu pragmatismo e sua corrente de pensamento tecnocrata. Segundo ele, as medidas de austeridade que implicam fortes cortes de gastos não deixarão a economia grega na penúria para sempre. “Não há alternativa além da consolidação fiscal, ainda que isso pareça contraditório no curto prazo. No futuro, essas ações acarretarão maior confiança do mercado e reativarão o crescimento. Mas isso não é algo que acontece do imediatamente. Leva tempo”, disse o economista ao WSJ.

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    Falência de um modelo – Questionado sobre como o modelo econômico e social europeu – representado pela forte presença do Estado – conseguirá sobreviver diante de tantas reformas austeras, Draghi foi categórico: “O modelo social europeu acabou”, disse. “Esse modelo se foi quando passamos a ver a taxa de desemprego entre os jovens aumentar de maneira impressionante”, afirmou o economista.

    Draghi ainda citou, com uma ponta de sarcasmo, uma frase do economista alemão Rudi Dornbusch – também professor do MIT, morto em 2002 – que costumava representar a realidade europeia. “Ele dizia que os europeus eram tão ricos que eles podiam se dar ao luxo de pagar para as pessoas não trabalharem. Isso acabou”, afirmou.

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    Segundo o presidente do BCE, a situação da Grécia não possui precedentes na Europa – nem mesmo quando se trata de Portugal. “Eles estão seguindo o programa corretamente”, disse o italiano.

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