O governo não deve promover mudanças radicais no modelo de concessão dos próximos aeroportos que pretende passar para a iniciativa privada, disse nesta quinta-feira o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele, porém, não deu detalhes sobre como funcionaria o modelo de novos leilões de terminais.
O governo vem preparando há alguns meses um pacote de investimentos em portos e aeroportos, que terá como um dos focos a atração de investimentos privados, a exemplo dos recentemente lançados planos de concessões de rodovias e ferrovias. A estatal EPL foi criada pelo governo para ajudar no planejamento e execução desses programas.
“Não tem muitas formas de conceder um aeroporto. Não devemos ter mudanças muito radicais na forma de fazer essas concessões”, disse Figueiredo, durante debate promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República. O governo concedeu no início do ano os aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). Entre os terminais que podem vir a ser licitados no futuro estão os de Confins (MG) e Galeão (RJ).
Nos bastidores, vem sendo dito há meses que, nos próximos leilões, o governo deverá aumentar o nível de exigências para que empresas internacionais mais experientes arrematem as próximas concessões.
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(Com Reuters)