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MP quer ouvir executivos da Petrobras sobre caso Odebrecht

Contrato de contratação de prestação de serviços de US$ 825 milhões do grupo com a estatal, autorizado em 2010, é investigado por suspeita de superfaturamento

Por Da Redação
11 nov 2013, 10h35
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  • O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP/TCU) quer ouvir diretores executivos da Petrobras que autorizaram, em 2010, o contrato de prestação de serviços de 825 milhões de dólares da estatal com a Odebrecht. O acordo está sendo investigado por suspeita de superfaturamento.

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    Relatórios de auditoria interna da petroleira obtidos pela Agência Estado mostram que a documentação do contrato, ainda em vigor, �foi exaustivamente analisada nos gabinetes dos diretores�. O procurador Marinus Marsico encaminhou representação ao Ministério Público Federal do Rio recomendando que os executivos sejam ouvidos. �”(As investigações) podem ensejar ilícitos de ordem penal e também levar a ação de improbidade”�, disse.

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    O contrato sob suspeita foi assinado em outubro de 2010 para prestação de serviços em dez países. Incluiu 8.800 itens, mais da metade deles com indícios de irregularidades, como previsão de aluguel de três máquinas fotocopiadoras por 7,2 milhões de dólares, de aluguel de um terreno próprio e de salário mensal de 22 mil reais mensais a pedreiros nos Estados Unidos.

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    Contrato da Petrobras com a Odebrecht pode ter sido superfaturado

    Auditoria interna iniciada em 2011 na Petrobras detectou preços que chegam a até 1.654% em relação à média cobrada em cada um dos países. Consultoria externa contratada pela estatal também chegou à conclusão de que 80% dos projetos não tinham detalhamento suficiente para serem executados.

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    O contrato com a Odebrecht foi reduzido quase à metade neste ano, depois da auditoria que considerou a contratação equivocada e recomendou a revisão. O corte foi de pelo menos 344 milhões de dólares, para 481 milhões de dólares.

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    Presidente – Ao anunciar o corte ao conselho de administração no início deste ano, a presidente da empresa, Graça Foster, também estava disposta a reduzir ainda mais o contrato. Segundo fontes que acompanharam o processo, ela queria repassar a empresas locais serviços somando cerca de 80 milhões de dólares, caso elas tivessem preços mais baixos que os da Odebrecht. A Petrobras não comentou se houve mais redução nos últimos meses.

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    O acordo foi fechado pela diretoria Internacional da empresa. Hoje, a área está sob responsabilidade de Graça Foster, que acumula funções. O contrato expira em fevereiro de 2014.

    A Odebrecht nega qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, �conquistados legitimamente por meio de concorrências públicas�. A empresa declara que não foi envolvida e desconhece o questionamento da auditoria da Petrobras em relação ao contrato PAC SMS. �O valor contratado foi diretamente afetado pela redução de escopo do contrato decorrente do plano de desinvestimentos da Petrobras.�

    (com Estadão Conteúdo)

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