Os motoristas de aplicativos de transporte, como Uber, 99 e Cabify realizam uma mobilização contra as novas regras de regulamentação impostas pela prefeitura de São Paulo nesta quarta-feira. A paralisação teve início na manhã desta quarta-feira no Viaduto do Chá, região central de São Paulo.
Os trabalhadores autônomos criticam as exigências da prefeitura, que incluem curso obrigatório para condutores e restringem a cinco anos a idade dos veículos que podem prestar serviços para aplicativos.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os manifestantes ocupam totalmente o Viaduto do Chá, em frente à prefeitura. Pelo Twitter, o órgão pede que os motoristas evitem a região.
Procurada, a Cabify afirmou que apoia o direito da livre manifestação pacífica dos brasileiros contra a Resolução 16 do Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV) da cidade de São Paulo. “A empresa está ciente de que diversos grupos de motoristas parceiros, atuantes em diversos aplicativos, estão organizando uma manifestação pacífica na cidade de São Paulo, para mostrar à prefeitura que as novas regras restringem a possibilidade de oferta do serviço por muitos motoristas parceiros e diminuem significativamente seus rendimentos, além de impactar diretamente os usuários que terão menor oferta de carros parceiros”.
A empresa também ressaltou que não faz parte da organização da manifestação – iniciativa dos motoristas parceiros. “A Cabify reitera que o setor de mobilidade urbana precisa de uma regulamentação justa e que favoreça todos os envolvidos neste ciclo: municípios, população, motoristas parceiros e empresas de aplicativos.” A 99 destacou que a mobilização foi organizada pelos motoristas. “A 99 reconhece e compartilha da preocupação dos condutores sobre as restrições impostas pela Resolução 16 pois prejudicam dezenas de milhares de motoristas que deixarão de ter acesso a trabalho e renda.”
A empresa ainda afirmou que respeita o direito de liberdade de expressão e manifestação dentro dos limites legais e da ordem pública. “Estendemos nosso apoio e solidariedade aos milhares de motoristas que se mobilizaram para se manifestar sobre as restrições da resolução”.
A Uber também ressaltou que a mobilização foi organizada pelos motoristas. “As proibições impostas pela Prefeitura de São Paulo, como o limite de cinco anos para carros usados pelos motoristas e o veto a veículos com placas de fora da capital paulista, farão com que mais de 50.000 pessoas deixem de trabalhar, reduzindo suas rendas e as opções de mobilidade na cidade. Entendemos que manifestação é um direito de todos.”
Procurada, a Secretaria Municipal de Transporte de São Paulo não retornou o contato até o fechamento da matéria.